Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2020
O aumento no número de casos de coronavírus no Reino Unido é um motivo de grande preocupação e as pessoas “relaxaram demais” no verão, disse o vice-chefe médico da Inglaterra, Jonathan Van-Tam.
“Nós precisamos começar a levar isso a sério de novo”, afirmou ele, ao alertar para que a população siga orientações para redução de riscos de contaminação.
“Se não tomarmos cuidado, teremos um caminho atribulado à frente, porque as pessoas relaxaram demais”, disse ele.
O Reino Unido registrou 2.948 novos casos confirmados de Covid-19 em um dia, segundo dados do governo nesta segunda-feira (7), o segundo maior aumento em 24 horas desde maio.
Os números diários de casos vinham crescendo em cerca de mil registros por dia na maior parte de agosto, mas começaram a acelerar nos últimos dias. A capacidade de teste britânica também foi ampliada desde o pico de uma primeira onda do vírus mais cedo neste ano.
O Reino Unido já sofreu com mais de 65 mil “mortes em excesso” devido ao coronavírus, segundo o órgão de estatísticas do governo, com um surto que durou mais e se espalhou para mais lugares que em outros países europeus duramente atingidos como Itália e Espanha.
Recorde diário
No domingo (6), o Reino Unido registrou 2.988 novos casos de Covid-19 em 24 horas – maior número diário de contaminações desde 22 de maio. O secretário de Saúde, Matt Hancock, disse que o salto é “preocupante”.
“Os casos são predominantemente entre os jovens, mas vimos em outros países do mundo e na Europa que esse tipo de aumento acaba atingindo a população como um todo.”
Hancock reforçou que todos têm de seguir regras de distanciamento social. “Não importa a idade ou o quanto a pessoa possa ser afetada pela doença, porque ela vai transmitir o vírus para outras”, afirmou.
Segundo o secretário, reabrir as escolas do Reino Unido no início de setembro não foi um erro, já que elas são “espaços protegidos do vírus”.
O número diário de casos começou a aumentar nas últimas semanas, embora as internações e mortes tenham permanecido em níveis baixos.
Próxima pandemia
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira que o mundo precisará estar melhor preparado para a próxima pandemia, ao pedir que países invistam em saúde pública.
Mais de 27,19 milhões de pessoas já foram infectadas com o coronavírus pelo mundo e 888.236 morreram, segundo uma contagem da Reuters, desde que os primeiros casos foram identificados na China em dezembro de 2019.
“Essa não será a última pandemia”, disse Tedros em uma coletiva de imprensa em Genebra. “A história nos ensina que surtos e pandemias são um fato da vida. Mas quando a próxima pandemia vier, o mundo precisa estar pronto – mais pronto do que estava desta vez”. As informações são da agência de notícias Reuters.