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Brasil O avanço do coronavírus e seu impacto na economia mundial levaram as Bolsas de Valores americanas e europeias a ter suas maiores quedas em mais de uma década

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A pandemia tem impacto direto na economia do país, com queda do PIB prevista para 6,1% neste ano. (Foto: Reprodução)

O avanço do coronavírus e seu impacto na economia mundial levaram as Bolsas de Valores americanas e europeias a ter suas maiores quedas em mais de uma década, com perdas de US$ 4,5 trilhões. O Ibovespa despencou 8,42%, no pior desempenho semanal dos últimos nove anos.

Analistas já preveem crescimento global este ano abaixo de 3%, o menor patamar desde a crise de 2008. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, descartou adotar medidas de incentivo, mas o presidente do BC americano, Jerome Powell, indicou que pode reduzir juros se necessário. O dólar comercial encerrou a sexta-feira (28) cotado a R$ 4,48.

O pânico causado pelo avanço do coronavírus e os possíveis impactos sobre a expansão da economia global fizeram os mercados reviverem o clima de tensão da crise de 2008. As Bolsas de Valores americanas e europeias tiveram quedas acentuadas, não vistas em mais de uma década.

No Brasil, o principal índice de ações amargou um tombo de 8,42%, o pior desempenho semanal desde 2011. —A crise pegou o mercado caro, com ações em alta. Isso explica a velocidade de venda dos papéis nas Bolsas mundiais. O mundo está vivendo agora o que a China viveu em janeiro, com dúvidas sobre até onde o número de casos vai crescer e quais os impactos na economia — resumiu o presidente da operação brasileira da corretora de valores americana BGC, Ermínio Lucci. O índice S&P 500, de Nova York, perdeu 11% entre segunda e sexta-feira, enquanto o Dow Jones, que caiu 12,36%, atingiu o menor patamar em pontos desde junho do ano passado. A variação representou uma perda de US$ 3 trilhões em valor das ações negociadas nos Estados Unidos. Os dois índices tiveram a maior queda semanal desde outubro de 2008. Na Europa, o estrago foi semelhante. As empresas perderam US$ 1,5 trilhão de valor de mercado. As Bolsas de Londres (FTSE), Paris (CAC) e Frankfurt (DAX) fecharam a semana com desvalorização de 11,12%, 11,94% e 12,44%, respectivamente.

Nos mercados emergentes, dados compilados pela Bloomberg mostram que as empresas desses países perderam US$ 600 bilhões em valor de mercado.

Temor

Desdes eu recorde histórico alcança doem 23 de janeiro, quando atingiu 119.527 pontos, o Ibovespa — principal índice da Bolsa nacional — perdeu 15.356 pontos até ontem. A desvalorização no período foi de 12,84%, e só não foi maior porque o mercado acabou virando no fechamento de ontem, depois que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, indicou que pode cortar juros caso a crise do coronavírus afete a economia americana.

A fala fez com que o Ibovespa encerrasse a sessão de ontem com alta de 1,15%. — O investidor está muito sensível aos dados de curto prazo, e isso cria um ambiente de instabilidade. Faltam informações para avaliar os impactos econômicos do coronavírus. Isso reduziu a liquidez no mercado de ações global, fazendo os investidores buscarem proteção no dólar e no ouro, ativos mais seguros — disse Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV. Na Europa, apesar de as Bolsas apresentarem quedas semanais de dois dígitos, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que não vai adotar medidas de estímulo. Analistas já veem crescimento global abaixo de 3%. O Bank of America, que na quinta-feira (27) reduziu a estimativa de crescimento para o PIB brasileiro a menos de 2%, prevê que a economia global vá crescer 2,8% — o menor patamar desde a crise financeira de 2008. E o banco

Goldman Sachs informou que espera que o coronavírus leve o Fed a reduzir as taxas de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual até junho, em um total de até três cortes a partir de sua próxima reunião, em março. A taxa básica dos EUA está hoje entre 1,5% e 1,75% ao ano.

Já se teme que, por causa dos efeitos econômicos do coronavírus, a economia mundial tenha seu pior desempenho desde 2009, auge da crise financeira. Um estudo feito em 2007 pelo Banco Mundial estimava o custo de uma pandemia leve de gripe em 0,7 ponto percentual do PIB global, enquanto uma crise aguda poderia retirar 4,8 pontos do crescimento. “Em valores de 2020, isso fica entre US$ 630 bilhões e US$ 4,3 trilhões — em outras palavras, entre uma crise administrável e uma recessão global”, afirmou em nota Tom Orlik, economista-chefe da Bloomberg Economics.

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