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Por Redação O Sul | 9 de abril de 2019
Nessa segunda-feira, o governo do Estado comunicou a venda de um lote residual de mais de 2 milhões de ações PNB (sem direito a voto) do Banrisul. O leilão foi concluído pela manhã , na Bolsa de Valores, com preço de R$ 24,10 a unidade. Os papeis em em questão pertenciam ao próprio Estado e correspondem a 1,02% do total das ações preferenciais desse tipo, bem como a 0,5% do capital social total da empresa.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, o controle do banco estatal por parte do Executivo permanece inalterado após a operação. “A comercialização foi comunicada previamente ao mercado, garantindo total transparência ao processo, e tem foco nas iniciativas para a gestão de liquidez”, acrescentou o texto divulgado no site oficial do governo gaúcho.
Ainda segundo o Palácio Piratini, o momento é favorável à realização da operação na Bolsa de Valores, o que garantiu um resultado acima da expectativa inicial. O valor bruto da operação chegou a R$ 49,5 milhões. A alienação foi previamente aprovada pelo Codpre (Conselho Diretor do Programa de Reforma do Estado).
A operação foi realizada por meio da Banrisul Corretora e anunciada pela manhã em Comunicado ao Mercado antes do início do pregão. Com isso, atendeu à Instrução da Comissão de Valores Mobiliários nº 358, de 3 de janeiro de 2002, e ao Parágrafo 4º do Artigo 157 da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976.
Novo comando na CEEE
À tarde, o governador Eduardo Leite anunciou o economista Marco da Camino Soligo, 51 anos, como novo diretor-presidente da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica). O dirigente atuou durante 15 anos em diretorias corporativas, financeiras e de governança de empresas de energia (incluindo a concessionária RGE, em 2007-2009), além de dez anos de experiência nas áreas de crédito, pesquisa de patrimônio e modelagem financeira em bancos nacionais e internacionais.
“Estou muito feliz de voltar ao Rio Grande do Sul. Tenho muita admiração pelo estado e acredito no potencial que ele tem”, declarou. “Por isso, me doarei ao máximo para ajudar a passar por essa crise.” Ainda segundo ele, o maior desafio do cargo será aprimorar os processos financeiros e operacionais da estatal, cujo braço de distribuição CEEE-D registrou um prejuízo de quase R$ 1 bilhão no ano passado.
Ciente do projeto de privatização que o governo tem para a companhia, Soligo frisou que vai “aproveitar a sua experiência para conduzir da melhor forma esse processo quando chegar a hora, sempre “focando nas pessoas, em auxiliar os servidores”.
Leite ressaltou o perfil técnico do escolhido: “Apostamos na experiência dele, tanto no setor público quanto privado, e em seu perfil técnico, de quem conhece o setor elétrico e tem experiência em gestão, para comandar a estatal”.
(Marcello Campos)