Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2017
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) criou um comitê de crise para dar apoio às investigações sobre as suspeitas de favorecimento do grupo JBS, um passo a mais nas medidas tomadas pelo banco de desenvolvimento para dar conta das apurações sobre as acusações que vieram à tona com a Operação Bullish, deflagrada no fim da semana passada pela Polícia Federal, sobre os aportes do banco ao grupo JBS, que teriam sido feitos a partir de junho de 2007 e usados para comprar outras empresas no ramo de frigoríficos, no valor de R$ 8,1 bilhões.
No comunicado enviado aos funcionários pela diretoria do BNDES, o banco afirma que o comitê vem se reunindo diariamente para discutir “estratégias de atuação, apuração dos fatos, suporte aos empregados investigados, colaboração com a Justiça e comunicação com os diversos públicos de interesse”.
O banco também começou, pelo que informa no comunicado, “uma campanha de engajamento e esclarecimento dos empregados sobre como obter informações corretas a respeito de temas de destaque nas redes sociais e na imprensa”. O BNDES pôs plantonistas nas áreas jurídica e de assessoria de imprensa, com telefones diretos para atender aos funcionários, com jornalistas, caso os funcionários sejam procurados diretamente por órgãos de imprensa, e advogados, além de “atenção psicossocial”. Os funcionários têm direito à assistência jurídica para custeio de despesas advocatícias, conforme prevê o estatuto do banco.
O BNDES, consultado, confirmou a criação do comitê, por meio de nota: “Na última sexta-feira, dia 12/5/2017, a diretoria do BNDES instituiu um Comitê de Crise que reúne a presidente, os diretores Jurídico, de Controladoria, de Mercado de Capitais e de Recursos Humanos, bem como membros das Áreas de Administração e Recursos Humanos, Jurídica e Comunicação”. (AG)