Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2017
Para o jornalista norte-americano James Bamford, que há 35 anos acompanha a atuação da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, na sigla em inglês) e é autor de uma série de livros sobre o assunto, não há qualquer indício de que o órgão tenha deixado de espionar o Brasil.
A prática de “arapongagem” do Departamento de Estado contra o País veio à tona em 2013, a partir de informações do ex-analista da CIA (o serviço secreto norte-americano) Edward Snowden.
A revelação de Snowden esfriou a relação entre os dois países, e a então presidente Dilma Rousseff desistiu de uma visita a Washington, ainda sob a gestão de Barack Obama. Entre os pontos revelados, estava que ela e outros líderes mundiais tinham as comunicações interceptadas por autoridades americanas.
“O Brasil é importante no cenário internacional”, ressaltou ele em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. “”Trata-se um dos poucos países que tem adotado ações mais agressivas para proteger as suas comunicações.”
Bamford, que estará em São Paulo para conceder uma palestra na próxima sexta-feira, durante o evento CryptoRave (que tem como foco a segurança nos meios digitais), afirma que, desde as revelações sobre monitoramento o Brasil pelos Estados Unidos, aumentaram as preocupações de vários setores em relação à espionagem e à preservação da privacidade dos cidadãos do País.
Ao citar a segurança, Bamford destacou o lançamento de um satélite nacional e a instalação de um cabo submarino ligando o Brasil à Europa, sem passar pelos EUA.