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Por Redação O Sul | 2 de abril de 2019
O Brasil caiu em 2018 da 26ª posição para o 27º lugar entre os maiores exportadores do mundo, segundo relatório anual divulgado nesta terça-feira (02) pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Em vendas, entretanto, houve um aumento de 10% na comparação com o ano anterior, com o Brasil se beneficiando principalmente da alta do preço das commodities. De acordo com os números oficiais do Ministério da Economia, em todo ano passado, as exportações brasileiras somaram US$ 239,523 bilhões, ante US$ 217,739 bilhões em 2017.
O Brasil foi superado no ranking neste ano pelo Vietnã e continua atrás de economias como Malásia, Polônia e Tailândia. Em 2016, o Brasil ficou na 25º lugar. A liderança do ranking segue com a China, que também registrou em 2018 um avanço de 10% nas exportações, com vendas no valor de US$ 2,48 trilhões. Na sequência, estão Estados Unidos (US$ 1,66 trilhão), Alemanha, Japão e Holanda.
Os EUA foram, por outro lado, o maior importador global, com um valor de US$ 2,61 trilhões, enquanto a China ocupou o segundo lugar com US$ 2,13 trilhões em compras, seguida por Alemanha, Japão e Reino Unido. O relatório da OMC mostra que o comércio mundial cresceu mais lentamente do que o esperado em 2018 e continuará enfrentando “fortes ventos contrários em 2019 e 2020” em razão do aumento das tensões comerciais e da incerteza econômica.
O comércio mundial de produtos cresceu 3% em 2018, abaixo da estimativa de 3,9% da última previsão da OMC divulgada em setembro. Para 2019, a organização projeta um crescimento de 2,6%, contra estimativa anterior de 3,7%, em linha com as projeções para o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
Em sua previsão anual, a OMC disse que o comércio tem sido pressionado por novas tarifas e medidas retaliatórias, crescimento econômico mais fraco, volatilidade nos mercados financeiros e condições monetárias mais apertadas em países desenvolvidos.
Balança comercial
No ano passado, a balança comercial registrou superávit de US$ 58,3 bilhões. Com isso, o saldo positivo, assegurado principalmente pela exportação de produtos básicos, ficou 13% abaixo do de 2017. A expectativa do mercado financeiro para este ano é de nova queda do saldo comercial. Segundo pesquisa realizada pelo Banco Central na semana passada, a previsão para 2019 é de um saldo positivo de US$ 50,25 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.
O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 40 bilhões para este ano, com exportações em US$ 247 bilhões e importações no valor de US$ 207 bilhões. O Ministério da Economia estimou na segunda-feira, pela primeira vez, o saldo da balança comercial para este ano. A previsão é de que o superávit (exportações menos importações) some US$ 50,1 bilhões, com US$ 245,9 bilhões de exportações e US$ 195,8 bilhões de compras do exterior.