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Brasil O Brasil está entre os 51 países mais suscetíveis à desnutrição, disse a Organização das Nações Unidas

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Valor se refere ao que poderia ser obtido com as 45 milhões de toneladas de recicláveis que foram para lixões nos últimos cinco anos. (Foto: Divulgação)

O Brasil está entre os 51 países mais suscetíveis à prevalência da desnutrição, segundo dados da nova edição do relatório anual da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a segurança alimentar e nutricional, divulgado nesta terça-feira (11). O Brasil figura ao lado de Etiópia, Indonésia e outros países da África Oriental e Ásia Central.

Isso porque o Brasil conviveu com climas extremos – de secas severas a inundações – por quatro anos entre 2011 e 2016. E, de acordo com o estudo, países que apresentaram choques climáticos por mais de três anos no período têm, em média, mais que o dobro de pessoas subnutridas.

Na lista, 15,5% dos países são da América Latina e do Caribe. A maioria, 76%, é parte da África e Ásia. Os de renda média correspondem a 76,5%, enquanto 3,5% são de baixa renda. Em declínio constante por mais de uma década, a fome no mundo voltou a crescer em 2016 e afetou 815 milhões de pessoas. O novo relatório mostra que em 2017 o número aumentou de novo: são 821 milhões de pessoas subnutridas – cerca de uma em cada nove pessoas.

De acordo com a ONU, a fome é significativamente pior em países com sistemas agrícolas altamente sensíveis à variabilidade de temperatura, chuva e seca, e onde o sustento de grande parte da população depende da agricultura.

E são nesses países também que os dias muito quentes estão se tornando mais quentes e mais frequentes. O calor extremo está associado ao aumento da mortalidade e menor capacidade de trabalho, por exemplo. No Brasil, um dos motivos que explica as altas temperaturas e os mais longos períodos de seca, segundo o relatório, é o fenômeno El Niño entre 2015 e 2016.

Mas a desaceleração econômica na América Latina também reduziu a capacidade dos governos de lidar com as consequências desses eventos climáticos e colaborou para o agravamento da desnutrição. A crise e a pobreza são fatores determinantes para a insegurança alimentar, diz o estudo. Se a produtividade agrícola cai, a produção de alimentos e os padrões de cultivo também diminuem, contribuindo para déficits de disponibilidade ou gerando picos e volatilidade dos preços. Assim, principalmente os mais pobres, veem piorar a disponibilidade, a qualidade, a quantidade e a diversidade de alimentos consumidos.

Essa é a segunda vez que a ONU realiza uma avaliação global sobre segurança alimentar e nutricional depois da adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, ratificada pelos países-membros da ONU, inclusive o Brasil. O acordo objetiva acabar com a fome e com todas as formas de subnutrição.

O estudo foi produzido pela Fao (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Fida (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), PMA (Programa Mundial de Alimentos) e OMS (Organização Mundial da Saúde).

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