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O CARROSSEL DO PODER

Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra

Amanhã, vão se completar 70 anos da primeira eleição presidencial após a redemocratização.
A 2 de dezembro de 1945, o general Eurico Gaspar Dutra, do Partido Social Democrático, com 55,3 por cento dos votos, foi escolhido para suceder o ministro José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, que ocupava interinamente o Palácio do Catete. Em segundo lugar ficou o brigadeiro Eduardo Gomes, da União Democrática Nacional, com 34,7 por cento. Em terceiro, Yedo Fiuza, do Partido Comunista Brasileiro, com 9,7 por cento.
Linhares estava na Presidência da República desde 29 de outubro daquele ano, quando Getúlio Vargas foi deposto.

A última eleição direta para Presidência da República tinha se realizado a 1º de março de 1930, com a vitória de Júlio Prestes, do Partido Republicano Paulista, com 59,3 por cento dos votos. Getúlio Vargas, da Aliança Liberal, foi o segundo colocado com 40,4 por cento. Prestes não assumiu em consequência do movimento militar iniciado em Porto Alegre, que provocou a queda do presidente Washington Luiz, a 24 de outubro de 1930. Vargas assumiu em seu lugar a 3 de novembro para comandar o que denominaram de governo provisório.
Em 1934, Vargas foi eleito de forma indireta pelo Congresso para novo mandato.
A eleição de 2 de dezembro de 1945 encerrou os 15 anos de Vargas no poder, que incluiu a ditadura, a partir de 10 de novembro de 1937. O Congresso foi fechado, o Judiciário calado e a Imprensa submetida à censura, além de terem ocorrido muitas prisões políticas.
O mandato de Dutra se estendeu até 31 de janeiro de 1951, quando Vargas voltou a assumir a Presidência, agora pelo voto direto, derrotando Eduardo Gomes e Cristiano Machado.

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