Terça-feira, 30 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Light Rain with Thunder

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O caso do Doutor Bumbum levanta polêmica sobre os procedimentos estéticos. Veja perguntas e respostas

Compartilhe esta notícia:

Lilian vivia em Cuiabá e viajou ao Rio para realizar procedimento estético. (Foto: Reprodução/ Redes sociais)

A morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, após realização de um procedimento estético em um apartamento na Barra da Tijuca (RJ) tem levantado dúvidas a respeito de procedimentos para preenchimento. Nessas técnicas, são usados materiais em camadas da pele para aumentar volume, minimizar rugas ou harmonizar a pele no caso de outras deformações. O uso de preenchimento não é novidade na dermatologia, nem na cirurgia plástica, mas a pergunta que fica depois do caso é em quais circunstâncias podem ocorrer complicações graves.

No caso da bancária, foi apreendido na casa do médico que realizou o procedimento o PMMA (polimetilmetacrilato). Trata-se de um tipo de acrílico usado para preenchimento. Niveo Steffen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em São Paulo, diz que não há estatísticas exatas sobre as complicações do PMMA, mas que procedimentos com a substância não são aconselháveis e há muitos relatos de complicação.

“Todo o procedimento tem riscos e, para evitá-los, tudo precisa ser feito com profissionais adequados, especializados na área e em lugares preparados para complicações”, diz Steffen. “No caso do PMMA, seu uso não é indicado e ele vai contra tudo o que é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Ele não é absorvido pelo organismo e esse é um problema com ele”, informa.

Steffen explica que outros produtos usados para preenchimento, como ácido hialurônico, são absorvidos, o que os torna mais seguros – mas não isentos de complicações. “O ácido hialurônico mesmo, se não for bem aplicado, pode dar problema”, diz.

Em parecer do Conselho Federal de Medicina em 2013, entidades já apresentavam denúncias a respeito da técnica conhecida como bioplastia, que usa o PMMA. “Diversos médicos renomados relatam em seus consultórios que a falta de uma solução para o problema está acarretando aos pacientes graves complicações”, diz a entidade.

“Quadros começam simples, com inflamações e inchaços temporários e chegam a quadros mais complexos, como deformidades permanentes e necrose do tecido. Nos casos mais graves, foram relatados cegueira permanente”, disse o CFM.

1) Qual a real causa da morte da bancária? Já há confirmação?

Não há um laudo sobre a causa da morte da bancária Lilian Calixto, que saiu de Cuiabá para o Rio de Janeiro para realizar preenchimento nos glúteos. De acordo com o hospital, Lilian chegou em estado extremamente grave e morreu no início da madrugada. Uma substância conhecida como PMMA, no entanto, foi apreendida na casa do médico. Não há confirmação de que a morte tenha sido causada pelo composto, embora o Conselho Federal de Medicina e entidades médicas já tenham alertado sobre os riscos do uso.

2) O que é a bioplastia e o PMMA?

Bioplastia é o nome que se dá para procedimentos realizados com PMMA (Polimetilmetacrilato), um tipo de acrílico. Como o PMMA também é chamado de bioplástico; daí o nome bioplastia. “É um termo inventado para determinar procedimentos com o chamado bioplástico [o PMMA]”, diz Niveo Steffen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em São Paulo.

Apesar de receber o nome de “bioplástico”, o PMMA não é absorvido pelo organismo, diz Steffen. O PMMA é usado na indústria para a produção de canetas, placas, faróis, etc. Nos procedimentos cirúrgicos, são aplicadas microesferas do produto.

3) Como o polimetilmetacrilato é aplicado?

Com anestesia local e a introdução de uma microcânula, uma espécie de agulha, no local em que se quer o preenchimento. É um procedimento simples, mas perigoso pela característica do material.

4) Quais são os riscos do produto?

Como não é absorvido pelo organismo, o PMMA pode trazer reações inflamatórias. Ele também dificilmente pode ser retirado do corpo. “Dá para tentar retirar uma parte, mas não tudo”, explica Steffen.

Uma vez na corrente sanguínea o produto pode entupir uma artéria, acarretando em paradas cardíacas, ou acidente vascular cerebral ou embolia pulmonar.

5) Quem pode fazer o procedimento?

Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ninguém deveria usar o produto pelas altas complicações que ele pode trazer.

6) O que pode ser usado em vez do PMMA?

Niveo Steffen informa que hoje é mais utilizado o enxerto de gordura para aumentar volume, mais seguro e totalmente compatível com o organismo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Vacinas contra a gripe chegam aos Estados em abril; Dia D será 6 de maio
Desarticulada quadrilha responsável por roubo a bancos com explosivos na Região Metropolitana de Porto Alegre
https://www.osul.com.br/o-caso-do-doutor-bumbum-levanta-polemica-sobre-os-procedimentos-esteticos-veja-perguntas-e-respostas/ O caso do Doutor Bumbum levanta polêmica sobre os procedimentos estéticos. Veja perguntas e respostas 2018-07-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar