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Economia O cenário para a inflação continua incerto e isso significa que os juros permanecerão elevados por bastante tempo

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O Copom subiu o tom nas críticas contra os gastos do governo Lula

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Copom subiu o tom nas críticas contra os gastos do governo Lula. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O Banco Central (BC) manteve a porta aberta tanto para sustentar quanto para subir mais uma vez os juros na próxima reunião do Copom. Mas o que mais importa na ata divulgada na terça-feira (13) é que o cenário para a inflação continua incerto e isso significa que os juros permanecerão elevados por bastante tempo.

Além disso, o Copom subiu o tom nas críticas contra os gastos do governo Lula, ao afirmar que o crescimento foi mais forte nos últimos meses dado a “estímulos fiscais” e que a “política fiscal” é um dos elementos que ele considera para definir a taxa de juros.

“O comitê segue utilizando a política fiscal como insumo em sua análise e, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta”, disse o Banco Central, em um trecho inédito, na comparação com o ata anterior, de março.

O recado sobre o estímulo fiscal derruba o argumento do Ministério da Fazenda, que diz que tem praticado uma política de contenção de despesas. Na visão do BC, ao contrário, o governo tem estimulado o crescimento econômico, o que tende a pressionar as taxas de juros.

“Um estímulo significativo nos últimos anos adveio da política fiscal. O comitê avalia que uma política fiscal que contribua para a redução do prêmio de risco e atue de forma contracíclica contribui para a convergência da inflação à meta.”

O BC também voltou a indicar que a Selic só voltará a cair quando o nível de atividade no País der sinais mais intensos de desaceleração. Tudo indica que haverá um conflito à frente com o governo Lula, que fará de tudo para manter a economia aquecida às vésperas da eleição de 2026.

“O comitê reforça que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta”, disse o BC, repetindo trecho da ata anterior.

No mercado financeiro, cada analista fará a leitura que melhor se encaixar com a sua própria aposta. Por isso, é possível entender que o BC já parou de subir a Selic, em 14,75%, como também é possível enxergar uma alta adicional de 0,25%, o que elevaria os juros para 15%.

Quem entende que o BC parou – a maioria do mercado – se apega à expressão “se manterá vigilante”, usada pela autoridade monetária para indicar manutenção dos juros.

Já quem entende que pode haver nova alta olha para o documento inteiro, que traça um cenário bastante duro para os preços, além de dizer que a próxima reunião “demanda cautela adicional e flexibilidade” para incorporar os novos dados.

Diante da incerteza internacional, o BC faz bem em deixar os dois caminhos na mesa. A Selic já se encontra em patamar bastante contracionista, superando o pior momento do governo Dilma Rousseff. E combater a alta dos preços significa não só aumentar os juros, mas mantê-los elevados por bastante tempo. Foi isso que o BC indicou em suas últimas comunicações. “Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.”

Além disso, a reviravolta na disputa comercial entre EUA e China, com uma trégua de 90 dias entre os dois países, pode reverter o quadro de queda das commodities, que era um dos elementos que poderiam ajudar a reduzir a inflação no Brasil e no mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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