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Brasil O comandante do Exército se associou ao colega da Marinha para defender a permanência de um militar no comando do Ministério da Defesa

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O general Eduardo Villas Bôas se manifestou por meio de sua conta no Twitter. (Foto: Agência Brasil)

No início da noite dessa segunda-feira, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, utilizou a sua conta pessoal no Twitter para se associar ao colega da Marinha, almirante Eduardo Bacelar Ferreira, que em uma entrevista publicada de manhã na imprensa, defendeu a permanência de um militar no Ministério da Defesa.

Na última semana, após nomear o general Joaquim Silva e Luna para o comando interino da pasta, o presidente Michel Temer havia afirmado que, em breve, vai renomear um civil no posto, mantendo a praxe adotada desde a criação do órgão, em 1999.

Villas Bôas passou o dia no Rio de Janeiro, em reunião com o interventor na Segurança Pública fluminense, general Braga Netto, e também usou o Twitter para fazer comentários sobre a medida. “O Exército não fará promessas que não pode cumprir”, postou.

Almirante

Na entrevista que repercutiu desde a manhã, o almirante Bacelar Ferreira opinou que um militar, “como qualquer outro profissional escolhido pelo presidente da República”, pode chefiar a Defesa: “Anteriormente, profissionais de outras carreiras de Estado já exerceram esse cargo e não há qualquer razão para que um militar não possa exercê-lo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o atual ministro da Defesa é um fuzileiro naval de carreira”.

Bacelar também frisou que, para qualquer pasta, o Palácio do Planalto pode optar por um político ou um técnico, e que desta vez Temer escolheu a segunda opção. O almirante minimizou as críticas à indicação de um militar para o comando do Ministério da Defesa.

“Em um Estado democrático de direito, nada mais natural do que haver opiniões divergentes quanto às ações políticas dos nossos governantes”, ponderou. Ele negou que haja um desentendimento entre as cúpulas das três Forças Armadas sobre quem deve chefiar a Defesa: “O ambiente é de extrema cooperação, buscando de forma conjunta cumprir as missões a nós atribuídas”.

Ele garantiu, ainda, que “não há a mínima restrição à indicação de um general para o cargo de ministro da Defesa, até porque essa escolha é prerrogativa do presidente. Adicionalmente, no caso em questão, o general Silva e Luna conta com larga experiência no cargo de secretário-geral do Ministério, e se desincumbe de suas funções de maneira competente e equilibrada”.

Apesar das indicações de que Temer quer indicar um civil para ficar até o fim do governo no Ministério da Defesa, oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica estão se movimentando para garantir a permanência do general Joaquim Silva e Luna no comando da pasta.

Repercussão

O presidente decidiu colocar um civil no comando da Defesa após a repercussão negativa da nomeação de um general para o cargo idealizado para um civil, e também por causa de relatos de descontentamento na Marinha e na Aeronáutica pela subordinação a um oficial do Exército.

De acordo com um oficial, os militares “estão dando a alma” para ajudar o governo do emedebista e, por isso, acreditam que não merecem um tratamento de “segunda linha”. Ao traduzir o pensamento do grupo que representa, o oficial diz que retirar Silva e Luna do comando da Defesa só porque ele é um militar seria “discriminação às avessas”.

“Essa discriminação contra um militar é inaceitável. A pressão é para que ele (Silva e Luna) fique. E a pressão vem das três Forças”, criticou o oficial, negando que haja “ciúme” de comandantes da Marinha e da Aeronáutica pelo fato de Luna ser do Exército.

Militares das três Forças têm defendido a permanência de Silva e Luna. “Os militares são chamados para matar mosquito (da dengue), fazer campanha de vacinação, construir estradas e pontes. São chamados para muitas coisas. Mas não servem para ser ministro da Defesa ? E de outras áreas, pode?”, indaga um outro oficial de alta patente.

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