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Brasil O Comitê Olímpico do Brasil demitiu um gerente que recebia “supersalário” e eliminou a cúpula da era Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente da entidade

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Nuzman é suspeito de comprar votos no Comitê Olímpico Internacional para que o Rio de Janeiro fosse escolhido sede da Olimpíada de 2016. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) demitiu na última quinta-feira (15) Edgar Hubner, um dos dirigentes com salário mais alto e remanescente da gestão de Carlos Arthur Nuzman, que renunciou à presidência da entidade em outubro.

Hubner era gerente-geral de Juventude e diretor-geral dos Jogos Escolares da Juventude dentro do comitê. Ele fazia parte de um núcleo do comitê que tinha altos salários e foi aos poucos desligado pelo novo mandatário do COB, Paulo Wanderley, nos últimos dois meses.

O salário de Hubner estava na faixa de R$ 44,5 mil mensais. Ele também tinha direito a bônus que incidia sobre os vencimentos. Antes de Hubner, outros importantes diretores já haviam sido desligados por Wanderley, todos próximos de Nuzman, que saiu em outubro depois de ser preso Polícia Federal sob suspeita de atuar como ponte em um esquema de compra de votos para eleger o Rio sede olímpica em 2016.

O primeiro foi o general Augusto Heleno, que respondia pelo departamento de comunicação e pelo Instituto Olímpico Brasileiro e ganhava aproximadamente R$ 55 mil por mês. Em seguida, o corte atingiu Sérgio Lobo, ex-secretário-geral, que detinha o maior salário de toda a hierarquia (R$ 88,2 mil). Ele foi demitido no início de novembro. Dono do maior cargo na área esportiva, Agberto Guimarães acabou dispensado mesmo mês. Então diretor-executivo de esportes, recebia R$ 75 mil mensais.

Outro dirigente próximo de Nuzman cortado foi Bernard Rajzman, que levava R$ 45 mil por mês para cuidar de relações institucionais. Além de Hubner, foi demitida nesta semana Heloisa Almeida, que atuou como secretária ao longo da era Nuzman.

Segundo a Folha de S.Paulo, outras seis pessoas foram dispensadas.

Desde que entrou no COB, Wanderley implementou uma política de corte de gastos em diversas áreas. Até o momento, mais de 30 pessoas foram desligadas, em um corte que gerará uma economia superior a R$ 9 milhões na folha de pagamento.

O cartola também determinou que o comitê saia da sede atual, na avenida das Américas, no Rio, e se instale em 2018 no Parque Aquático Maria Lenk, que é administrado pelo COB. Procurado, o COB afirmou que “passa por um processo de reestruturação administrativa e financeira, e a redução de custos envolve o corte de pessoal”.

Estados Unidos

As autoridades federais nos Estados Unidos entraram na investigação em curso no Brasil e na França que apura supostas ações corruptas ligadas à escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas. Ela é centrada no pagamento de subornos feitos para comprar votos e na concessão de contratos. Carlos Arthur Nuzman, o antigo presidente do COB, chegou a ficar preso por 15 dias, há dois meses, acusado de ser peça-chave no esquema e agora aguarda em liberdade os desdobramentos do processo.

A investigação é liderada pelo escritório do FBI (a polícia federal norte-americana) em Nova York e a Promotoria no Brooklyn, de acordo com a informação divulgada pelo The Wall Street Journal. É a mesma jurisdição nos Estados Unidos que persegue crimes em escala transnacional, como no caso das propinas revelado contra a Fifa (entidade máxima do futebol) em 2015 e o que investigou a trama do doping em atletas olímpicos russos.

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