Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 30 de abril de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O filme” O Conclave” recebeu 8 indicações, mas só ganhou um Oscar: o de melhor roteiro adaptado. Era março de 2025. Entretanto se a cerimônia de entrega fosse hoje certamente receberia mais prêmios.
O filme aborda um tema atualíssimo: Os bastidores da eleição de um novo papa.
A escolha do pontífice da igreja católica é um evento milenar que sempre foi cercado de segredos, mistérios e confidências.
No filme, na preleção pré eleitoral, o cardeal Thomas Lawrence, interpretado magnificamente por Ralph Fiennes, responsável por conduzir o Conclave diz:
“Certeza é a grande inimiga da união. Certeza é inimiga mortal da tolerância. Nossa fé é algo vivo justamente porque caminha de mãos dadas com a dúvida! Se houvesse apenas certeza e nenhuma dúvida não haveria o mistério e portanto nenhuma necessidade de fé”
Voltando a vida real, nos próximos dias, 135 cardeais com menos de 80 anos decidiram quem será o novo papa.
Se analisarmos somente o significado de “FÉ” encontraremos no dicionário:
“ convicção de algo sem prova objetiva baseada em confiança e crença.”
Nós médicos mais antigos e experientes sabemos que a fé não substitui o tratamento médico, mas é um complemento extremamente valioso no tratamento das mais diferentes doenças.
Os médicos mais jovens, educados numa sociedade menos humanizada e mais tecnológica tem dificuldades para acreditar nisso.
Argumentam que a fé não pode ser rastreada nos exames laboratórios convencionais.
Até Albert Einstein, o maior cientista da história, envolto em fé disse: “Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus.”
A fé reduz o estresse, a ansiedade e a depressão.
Recentes estudos mostram que a fé fortalece a confiança e a aderência ao tratamento médico. É sabido que uma postura confiante e motivada interage com o sistema hormonal e aumenta secreção de endorfinas e dopamina. São substâncias que nos dão a sensação de prazer e bem estar.
Apesar da medicina ainda não ter explicação cientifica detalhada de como esta relação é fortificada existe o reconhecimento da sua existência.
Ainda é muito vivo entre nós, um aforisma secular: “A fé remove montanhas!”
(Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário – schwartsmann@gmail.com)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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