Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2018
Os parlamentares que faltaram a sessões na Câmara dos Deputados e no Senado para acompanhar a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Região Sul do País, em março, poderão ter os dias de ausência descontados de seus salários. O valor de cada sessão varia entre R$ 1,2 mil e R$ 1,6 mil.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que não vai abonar faltas justificadas como “atividade política”. Segundo ele, se isso acontecer, “nunca mais o Legislativo terá quórum”. Os faltosos precisam do aval de Maia para não sofrerem o corte na folha de pagamento.
No entanto, líderes partidários, presidentes de legendas, membros da Mesa Diretora e ex-presidentes da Casa têm direito ao chamado “abono regimental automático”. É o caso do líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), que já teve pelo menos cinco faltas justificadas automaticamente, de acordo com o site da Casa.
Outro caso semelhante é o da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido: ela alegou “atividade político-cultural” para tentar não receber falta na sessão realizada no último dia 21.
Investigação
O laudo da investigação sobre o ataque a tiros contra dois ônibus da caravana do ex-presidente Lula, cometido na semana passada em uma rodovia no interior do Paraná, deve ficar pronto nesta semana. A Polícia Civil não determinou uma data exata mas garantiu que o relatório será entregue “o mais breve possível”.
No documento, deverão constar informações como o tipo de munição que atingiu os veículos e distância do disparo, dentre outras informações. Ao menos três perfurações foram constatadas nas latarias. Na quinta-feira passada, o delegado Wilkison de Arruda, de Laranjeiras do Sul (PR), que estava de plantão na terça-feira em que ocorreu o atentado, faz duras críticas à estrutura da Polícia, que ele classifica como “sucateada”.
Ele chegou a divulgar uma nota apontando que “a demora na chegada de peritos ao local se deu em razão da extrema precariedade a que está submetido o Instituto de Criminalística do Estado do Paraná”. O governador Beto Richa negou as afirmações do delegado, disse que o Estado nunca teve tanto investimento em polícia científica e frisou estar acompanhando de perto o inquérito.
Câmeras de segurança de uma praça de pedágio na região devem ajudar a polícia a identificar os suspeitos. Dirigentes do PT afirmam que os nomes de pelo menos dez suspeitos e 20 números de telefone já foram identificados e encaminhados à polícia. Em investigação paralela, o Ministério Público também apura o caso. Já a Procuradoria-Geral de Justiça entendeu que existe a possibilidade da ocorrência de outros crimes, inclusive nas redes sociais e em grupos de WhatsApp.