Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2018
A Petrobras informou que o seu Conselho de Administração aprovou a adesão da estatal à terceira fase de um programa do governo federal que prevê subvenção econômica à comercialização de diesel, informou a empresa nesta terça-feira (07), em um comunicado enviado ao mercado.
O programa foi instituído por medidas provisórias após a paralisação dos caminhoneiros, em maio, contra os preços do combustível. Na primeira fase, que durou até 7 de junho, o desconto foi de R$ 0,07 por litro. A segunda, dividida em dois períodos e encerrada em 31 de julho, promoveu desconto de R$ 0,30 por litro. A terceira fase do programa de subsídios tem duração prevista do início de agosto até 31 de dezembro de 2018.
Contas a receber
Na semana passada, a Petrobras informou que acumulou no segundo trimestre deste ano um saldo de R$ 590 milhões a receber do governo pela concessão de subsídios ao preço do óleo diesel. Apesar do atraso nos pagamentos, o presidente da companhia, Ivan Monteiro, disse não ver risco de calote. “Estamos plenamente confiantes de que vamos receber”, declarou Monteiro.
Lucro
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre deste ano, de acordo com balanço divulgado na sexta-feira (03) pela estatal. O resultado representa uma alta de 45% na comparação com o primeiro trimestre de 2018, quando o lucro foi de R$ 6,961 bilhões, e é quase 32 vezes maior do que o observado no segundo trimestre do ano passado (R$ 316 milhões).
Trata-se do melhor resultado trimestral nominal desde o segundo trimestre de 2011 (R$ 10,942 bilhões), segundo dados da Economática. No primeiro semestre de 2018, a Petrobras registrou lucro de R$ 17,033 bilhões, uma alta de 257% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No consolidado de 2017, a Petrobras teve prejuízo líquido de R$ 446 milhões, acumulando quatro anos consecutivos de perdas.
No seu balanço, a estatal brasileira atribuiu o bom resultado aos seguintes fatores: aumento da cotação do barril de petróleo e desvalorização do real, que resultou em maiores margens nas exportações de petróleo e nas vendas de derivados no Brasil; crescimento de 6% nas vendas de combustíveis no mercado interno, com destaque para o diesel, que aumentou 15%; redução das despesas com juros devido à diminuição do endividamento; e menores despesas gerais e administrativas.
Trata-se do primeiro balanço da estatal sob o comando de Ivan Monteiro, que assumiu a presidência da Petrobras após a renúncia de Pedro Parente. Em sua primeira comunicação oficial aos empregados após assumir o cargo, o novo presidente da Petrobras disse que o alinhamento de preços com o mercado internacional é essencial para a estatal gerar riqueza e desenvolvimento.