Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2017
Uma pesquisa feita com 300 homens entre 20 e 40 anos relacionou a frequência de consumo de pornografia à presença de disfunções sexuais. Quanto maior o consumo, mais frequente são as disfunções. Para Matthew Christman, parte da equipe da clínica de urologia Naval Medical Center em San Diego (EUA), a maior exposição ao conteúdo pornográfico deixa os homens mais “tolerantes” aos estímulos. “Tolerância poderia explicar a disfunção e a preferência por pornografia em vez do próprio ato sexual”, disse Christman à publicação HealthDay.
Segundo Joseph Alukal, porta-voz da Associação Americana de Urologia, “estímulo visual sempre aprimora o apetite sexual de homens e mulheres, mas quando a maior parte da experiência é visual, é como se os homens perdessem o interesse pelo ‘mundo-real’ do sexo”.
“Sexo é metade corpo e metade mente, e talvez a disfunção não seja de componente físico, mas sim psicológico. É importante que os médicos entendam alguns motivos para, então, sugerirem tratamentos mais adequados”, afirma Alukal.
Em paralelo à pesquisa sobre o desempenho sexual masculino, uma pesquisa concluiu que não há relação entre o consumo de pornografia e as disfunções sexuais femininas.
Entre as mulheres, 68% acessam o conteúdo pornográfico pela internet e 55% pelo celular. Quanto aos homens, 72,3% assistem a pornografia na internet e 62,3% no celular.
Na tentativa de se livrar da dependência, os viciados, por assim dizer, provocaram um fenômeno nas redes sociais — o de pessoas que defendem a privação absoluta de sexo virtual. Longe de questões morais e religiosas, o que se quer é voltar a sentir prazer com corpos reais. O movimento, chamado de “porn-reboot” ou reinicialização ao pornô, em livre tradução, já tem milhares de seguidores no mundo todo, incluindo o Brasil. Os adeptos descrevem os benefícios sociais, físicos e mentais da abstinência.