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Brasil O coronavírus pressiona o sistema de saúde das quatro capitais com o maior número de mortos no País: São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Fortaleza

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Covid-19 satura o sistema de saúde de quatro capitais do Brasil. (Foto: Reprodução/TV)

Lotação nos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais, caminhão frigorífico para armazenar corpos, aumento abrupto do número de pacientes que dependem de respiração mecânica, fila de espera nos serviços de emergência.

O avanço da pandemia de coronavírus (Sars-CoV-2) nos últimos dias intensificou a pressão sobre o sistema de saúde de capitais pelo país. A situação agravou-se, sobretudo, naquelas que concentram o maior número de mortos pela doença Covid-19: São Paulo (mais de 600 mortes confirmadas), Rio de Janeiro (mais de 220 mortes), Manaus (mais de 120 mortes) e Fortaleza (mais de 110 mortes).

Além disso, diante do crescimento vertiginoso dos casos no Maranhão, a rede pública de São Luís tem ocupação de 90% dos leitos clínicos exclusivos para Covid-19.

O balanço mais recente sobre os casos de coronavírus no Brasil divulgado pelo Ministério da Saúde mostrou os seguintes dados: 2.141 mortes – na quinta (16) eram 1.924 (aumento de 11,2%); 33.682 casos – na quinta eram 30.425 (aumento de 10,7%); em sete dias, foram registradas 1.024 mortes adicionais (aumento de 90,4%).

Em São Paulo

Na sexta, São Paulo tinha cinco hospitais operando com a capacidade total de atendimento nas UTIs. Uma dessas unidades é o Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas.

O hospital está com 100% dos leitos ocupados e, mesmo assim, recebe mais de 100 solicitações de internações por dia. Os leitos do Emílio Ribas são ocupados por pacientes que têm entre 22 e 78 anos – a maior parte deles tem mais de 65.

Já na Zona Leste de São Paulo, quatro hospitais municipais estão sem vagas nas UTIs para casos graves: Tide Setúbal, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo e Doutor Inácio Proença de Gouveia.

No Hospital das Clínicas, que é ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mais de 80% das vagas de UTI também já estão ocupadas.

O governo do estado diz que tem um sistema para aproveitar melhor as vagas e que pacientes da capital podem ser transferidos para o interior.

No Rio de Janeiro

As principais emergências do Rio não têm vagas disponíveis. Os hospitais Albert Schweitzer, Salgado Filho, Souza Aguiar e Miguel Couto estão com 117 leitos de UTI ocupados.

No hospital Ronaldo Gazolla, referência no combate à Covid-19, dos 55 leitos disponíveis, só dois estão livres – mas poderão ser ocupados apenas por quem já estiver na unidade.

Na quinta-feira (16), a ocupação do hospital já havia superado 90%. A prefeitura prometeu inaugurar mais dez leitos de UTI ainda nesta sexta.

Nos hospitais Carlos Chagas e Getúlio Vargas, da rede estadual, a situação é ainda pior. Todos os leitos estão ocupados.

O quadro se repete no Instituto do Cérebro e no hospital de Anchieta, na Zona Norte da cidade: são mais 81 vagas ocupadas.

No hospital Universitário Pedro Ernesto, apenas quatro dos 19 leitos estão disponíveis. Assim como no hospital Ronaldo Gazolla, só poderão ser ocupados por quem já está na unidade.

Em Manaus

Depois que um vídeo mostrou nesta quinta corpos de mortos com suspeita de Covid-19 espalhados por macas ao lado de pacientes vivos e internados no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, em Manaus, um contêiner frigorífico foi instalado no local na madrugada desta sexta-feira (17), para dar apoio na estrutura de armazenagem cadáveres na unidade de saúde.

O Hospital Delphina Aziz, centro de referência para tratamento do coronavírus em Manaus, também instalou uma câmara no estacionamento, mas no início do mês.

Em Fortaleza

Entre segunda e terça-feira desta semana, aumentou de 38 para 73 o número de internações em UTIs por causa da Covid-19 em Fortaleza. Isso representou um aumento de 92,1% no total de hospitalizações, de acordo com informações da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).

Também passaram de 31 para 61 as internações com uso de ventilação mecânica, medida de auxílio respiratório aplicada em casos mais graves. O crescimento foi de 96,8%. O número de internações por casos suspeitos da Covid-19 em Fortaleza também teve aumento. Nas UTIs, passaram de 36 para 56, um acréscimo de 55,6%. Em relação a pacientes com ventilação mecânica, subiram de 29 para 46, incremento de 58,6%.

Além disso, o Ceará atingiu nesta quinta-feira 100% da capacidade das UTIs exclusivas para tratamento da Covid-19 na rede pública.

Em todo o país, os Estados com mais mortes confirmadas são São Paulo (928), Rio de Janeiro (341), Pernambuco (186), Ceará (149) e Amazonas (145).

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