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Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2017
O crescimento econômico global continuará forte em 2018, sustentado pelo sólido crescimento nas economias avançadas e pela expansão da recuperação nos mercados emergentes, de acordo com a agência de classificação risco Moody’s. A instituição projeta que o PIB (Produto Interno Bruto) mundial cresça 3,2% no próximo ano e 3,1% em 2019, com a expansão sendo “mais abrangente e sustentável”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em relação às economias avançadas do G-20, a Moody’s espera um crescimento estável, de aproximadamente 2,0% em 2017, 2018 e 2019, em comparação com 1,5% em 2016. “Essa perspectiva leva em conta o fato de que muitas economias avançadas, incluindo os Estados Unidos, estão com taxas de crescimento acima dos anos anteriores”, afirma.
“Estamos vendo o crescimento se expandir globalmente, com os países emergentes finalmente se recuperando e a China mais estável”, disse o vice-presidente da Moody’s, Madhavi Bokil.
“Nossa visão é mais otimista hoje do que há um ano. Agora temos maior confiança de que o impulso de crescimento predominante irá durar no curto prazo”, afirmou.
A agência espera que os países emergentes cresçam a uma taxa de 5,4% em 2018, superando o crescimento previsto de 5,0% neste ano. Em particular, “a recuperação na Argentina, no Brasil, no México, na Arábia Saudita e na África do Sul impulsionará o crescimento nesse segmento”.
De acordo com a diretora-gerente da Moody’s, Elena Duggar, a perspectiva de curto prazo é reforçada por “um equilíbrio de riscos favorável”. Ela indica que os riscos geopolíticos, especialmente em relação a um conflito na Península Coreana, a direção pouco clara da política comercial americana e o potencial de queda substancial do preço dos ativos “continuam sendo os maiores riscos para o crescimento”.
Famílias endividadas no Brasil
No Brasil, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), mostrou que o percentual de famílias endividadas alcançou 61,8% em outubro de 2017, uma alta de 0,1 ponto percentual na comparação com setembro. Também houve alta em relação ao mesmo período de 2016, quando o indicador alcançava 59,8% do total de famílias.
“A queda das taxas de juros e a lenta recuperação da renda do trabalho têm favorecido a retomada gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento”, pontua Bruno Fernandes, economista da CNC.
Apesar da alta do percentual de famílias endividadas, a proporção daquelas com dívidas ou contas em atraso diminuiu em outubro, atingindo 26% das famílias, ante 26,5% em setembro. Na comparação com outubro de 2016, entretanto, houve alta de 1,3 ponto percentual.
A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes apresentou queda na comparação mensal, alcançando 10,1% em outubro de 2017, ante 10,9% em setembro, que havia sido o maior patamar da série histórica. Na comparação com o mesmo período de 2016, houve alta de 0,3 ponto percentual.