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Mundo O degelo do oceano Antártico pode aumentar a formação de nuvens

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Funcionamento do clima é complexo, dizem pesquisadores. (Foto: Reprodução)

O gelo marítimo antártico se transforma ao derreter em uma fonte de nitrogênio atmosférico, um composto que favorece a formação de nuvens, algo que era desconhecido até agora, é o que diz um estudo internacional divulgado nesta quinta-feira (20).

O resultado da campanha antártica PEGASO 2015, liderada por cientistas do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, Rafael Simó e Manuel Dall’Osto, demonstrou que “na atmosfera da Antártida há partículas que provêm da vida microscópica que vive no gelo marítimo e nas águas que o cercam”. “O degelo do Oceano Antártico acelerado pela mudança climática pode favorecer a emissão de substâncias formadoras de nuvens, um processo que até agora não tinha sido levado em conta nos estudos do clima polar”, diz a pesquisa.

Durante um mês e meio do verão austral, uma equipe internacional analisou as partículas suspensas no ar enquanto navegava pela região da Península Antártica e pelo norte do Mar de Weddell, para depois comparar os dados recolhidos com a análise da água do oceano e do gelo marítimo. “É necessário um olhar global e conjunto sobre as interações entre oceano, gelo, atmosfera e vida, se quisermos entender e sermos capazes de prever o complexo funcionamento do clima”, explicou Dall’Osto na pesquisa.

Na campanha PEGASO 2015 também participaram pesquisadores da Universidade Nacional da Irlanda, das universidades de Birminghan e Plymouth (Inglaterra), da Universidade de Mainz (Alemanha), do Instituto de Química Analítica Instrumental de Bolonha (Itália), do Instituto Meteorológico Finlandês e do Instituto de Pesquisa em Biodiversidade e Meio Ambiente de Bariloche (Argentina).

Ter menos filhos é ação mais eficaz contra aquecimento global, diz estudo

Um estudo publicado neste mês na Suécia prega que ter menos filhos é a ação que pode ter mais impacto no combate às mudanças climáticas.

Mas os pesquisadores da Universidade Lund recomendam tal controle da natalidade apenas em países desenvolvidos, usando como argumento o fato de que nações como os EUA, por exemplo, são responsáveis pelas maiores emissões de carbono na atmosfera (16 toneladas por ano de CO2 per capita) e, por isso, teriam que fazer cortes mais drásticos para atingir “níveis seguros de emissões”.

De acordo com os termos do Acordo Climático de Paris, assinado em 2015, 195 países se comprometem a limitar a média global de aumento da temperatura em menos de dois graus Celsius.

Para isso, cientistas estimam que, até o ano de 2050, o volume de emissões per capita não possa ultrapassar 2,1 toneladas de carbono (no Brasil, segundo dados do Banco Mundial, a emissão é de 2,5 toneladas).

Seth Wynes e Kimberly Nicholas afirmam que a redução não poderá ser obtida sem que famílias ou indivíduos tenham um filho a menos, apesar desta não ser a única medida recomendada.

“Não estamos sugerindo que isso vire lei ou coisa parecida. Sabemos que a decisão de ter ou não filhos é talvez a maior que alguém pode ter na vida, e que muitas pessoas não têm o clima como fator preponderante. Vejo isso mais como uma questão pessoal do que de política pública”, afirmou Nicholas.

As conclusões são derivadas de análises e cálculos que, segundo os pesquisadores, levam em conta uma gama de ações individuais, das mais complexas como o controle da natalidade às mais simplórias como a reciclagem de lixo.

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https://www.osul.com.br/o-degelo-do-oceano-antartico-pode-aumentar-formacao-de-nuvens/ O degelo do oceano Antártico pode aumentar a formação de nuvens 2017-07-20
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