Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2017
A “declaração de amor” a Michel Temer, materializada pelo deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade-PA) na forma de uma tatuagem no ombro direito com o sobrenome do presidente da República, saiu com água e sabão. “Sumiu. Não existe mais”, garantiu o polêmico parlamentar nessa quarta-feira. Segundo ele, a imagem – que foi alvo das mais variadas manifestações, a maioria negativas – foi elaborada com henna – popular corante extraído de uma planta de mesmo nome.
A informação, que confirmou algo que muitos já desconfiavam, foi dada por “Wlad” (o seu apelido artístico desde os tempos de cantor de uma banda do estilo conhecido como “tecnobrega”) ao ser procurado pela imprensa. Os jornalistas queriam saber,principalmente, sobre a representação do qual o deputado é alvo no Conselho de Ética da Câmara, por assédio a uma jornalista que pediu para ele mostrar a tatuagem.
Até então, Costa jurava que a inusitada homenagem ao presidente era definitiva e supostamente realizada na segunda quinzena do mês passado, em Belém do Pará (a sua base eleitoral), pouco antes da votação da admissibilidade da denúncia contra Temer na Câmara dos Deputados, por corrupção passiva – a acusação acabou derrubada, evitando que fosse encaminhada ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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Naquela ocasião, o parlamentar afirmou ter pago cerca de 1,2 mil reais pela tatuagem (que mostra o sobrenome “Temer” abaixo de uma reprodução estilizada da bandeira do Brasil), que teria inclusive “causado dor” durante a aplicação. Chegou a dizer que tinha doído fazer o desenho: uma bandeira do Brasil e o nome “Temer” embaixo.
Costa também contara que estava embriagado ao fez a tatuagem. “O tatuador estava simulando que estava furando mas não estava, porra!”, relatou o deputado, em uma linguagem que em nada combina com as exigências do decoro parlamentar. “Aquele homem que eu contratei estava simulando, enquanto eu tomava cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará. Então, eu não estava sentindo nada. Parecia que ele estava tatuando, mas não estava.”
Aos risos, o parlamentar acrescentou que processará o profissional. “Eu vou pedir ressarcimento àquele tatuador. Estou entrando, agora, com uma ação contra ele, que vai ter de devolver todo o meu dinheiro”, prometeu, sem indicar se falava sério. Ao ser questionado se a fidelidade a Temer também havia sido diluída com água e sabão, porém, ele assumiu uma postura mais sóbria: “Ah, não! Isso não… Ali [com o presidente da República] eu morro agarrado”.