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Economia O dinheiro das indenizações que serão pagas pelos bancos aos poupadores deve incrementar o consumo no País

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A tendência é que a maior parte dos recursos das indenizações seja gasta agora com compras, impulsionando diretamente a atividade econômica. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Embora menor que os R$ 44 bilhões liberados para saque das contas inativas do FGTS no ano passado, o dinheiro das indenizações que serão pagas pelos bancos aos poupadores que sofreram perdas com os planos econômicos dos anos 1980 e 1990, estimado em R$ 12 bilhões, deve beneficiar especialmente o consumo. Com as famílias hoje menos endividadas e a confiança na economia mais alta do que quando o dinheiro do fundo foi liberado, avaliam os especialistas, a tendência é que a maior parte dos recursos das indenizações seja gasta agora com compras, impulsionando diretamente a atividade econômica.

“Vai ser um estímulo considerável. As famílias já estão menos endividadas, até porque usaram o dinheiro do FGTS para o pagamento de prestações em atraso, e poderão utilizar agora a indenização para o consumo”,avaliou Nicola Tingas, economista da Acrefi, associação que representa as instituições de crédito.

Expectativa de adesão

Ele cita ainda que, como a maior parte dos beneficiários dessas indenizações é aposentada, as dívidas ativas tendem a ser de empréstimos consignados, os mais baratos do mercado. Na estimativa de Tingas, cerca de 40% dos R$ 44 bilhões do FGTS, ou R$ 17 bilhões, foram destinados ao consumo. “Então, não é uma cifra tão distante dos R$ 12 bilhões que os bancos pagarão.”

Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) homologou o acordo fechado entre representantes dos bancos e dos poupadores, o que abre caminho para o início dos pagamentos. Para começar o processo, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) informou que vai disponibilizar, até maio, uma plataforma digital para que os poupadores com direito às indenizações se cadastrem, habilitando-se para receber o pagamento. Depois de cadastrados, os bancos têm até 60 dias para validar as informações. Depois da validação, a transferência precisa ser feita em até 15 dias.

Cerca de 2,5 milhões de poupadores têm direito ao recebimento, de acordo com a Fenapro (Federação Brasileira dos Poupadores). Deste total de pessoas que moveram pouco mais de um milhão de ações (várias delas coletivas), aproximadamente 60% receberão até R$ 5 mil.

“Estimamos que haverá uma adesão em massa dos poupadores ao acordo, que pelo menos 80% deles vão solicitar o ressarcimento”, disse Estevan Pegoraro, presidente da Febrapo, acrescentando que, quando a plataforma digital estiver pronta, haverá uma campanha na mídia para alertar os interessados sobre os prazos.

A ideia de que o montante total a ser pago vai estimular o consumo e o crescimento econômico é compartilhada pelo presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. “É uma decisão de extrema importância por definir regras claras para os pagamentos e por contribuir para o esforço de retomada do crescimento econômico ao disponibilizar um grande volume de recursos que estava provisionado nos bancos”, afirmou.

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