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Brasil O estoque de cloroquina no País aumentou 30%. O Exército Brasileiro produziu mais de 1 milhão de comprimidos

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Ministro Benjamin Zymler deu 15 dias para resposta. (Foto: Reprodução)

O estoque disponível no País de medicamentos à base de cloroquina e hidroxicloroquina aumentou 30% em menos de um mês, de acordo com dados da indústria farmacêutica e do Exército compilados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O volume, que era de 8,9 milhões de comprimidos no fim de março, passou para 11,6 milhões na segunda semana de abril. A atuação das Forças Armadas foi responsável por boa parte do crescimento: 1,25 milhão de comprimidos foram produzidos pelo Exército no período.

As informações constam de ofício enviado pela Anvisa ao Ministério da Economia na última quinta-feira (14). O documento traz também dados da comercialização do medicamento: cerca de 3,4 milhões de comprimidos foram consumidos por mês no País no primeiro semestre do ano passado. Os remédios são usados por pacientes com lúpus, malária e artrite reumatoide.

Com o aumento no volume de medicamentos prontos, houve redução no estoque de materiais necessários para a produção no País. De acordo com as informações repassadas pela Anvisa, a indústria brasileira aguardava a chegada de insumos vindos da Índia para manter o ritmo de produção.

Uma das empresas consultadas relatou que esperava, além da vinda de material já adquirido, a autorização do governo indiano para uma nova compra junto a fabricantes locais. A Fiocruz informou que tinha insumos suficientes para produzir cerca de 4 milhões de comprimidos.

O LQFex (Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército), que usualmente produz 250 mil comprimidos a cada dois anos, criou um estoque de 1,25 milhão em menos de um mês. Em termos absolutos, só a Apsen teve um aumento maior de estoque, passando de 5,1 milhões para 8,3 milhões.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem citado o papel do laboratório do Exército, que tem 180 funcionários, entre civis e militares, e capacidade de produzir até um milhão de comprimidos de cloroquina por semana. Desde 2000, o LQFex tem autorização para produzir o medicamento no País – o custo atual é de R$ 0,20 por comprimido.

A Marinha, que já atua na confecção de embalagens, agora avalia também entrar na produção. Exército e Ministério da Saúde não responderam quanto já gastaram com a produção e compra de cloroquina, hidroxicloroquina e insumos.

Comprovação científica

O presidente Jair Bolsonaro admitiu que o uso de cloroquina para combater a covid-19 não tem comprovação científica. Ele comparou a indicação medicamento à luta em uma guerra para justificar a defesa de liberá-lo para todos os pacientes.

“Ainda não existe comprovação científica. Mas sendo monitorada e usada no Brasil e no mundo. Contudo, estamos em Guerra: ‘Pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado’.Deus abençoe o nosso Brasil!”, escreveu o presidente em redes sociais ao comentar o novo protocolo, divulgado nessa quarta pelo Ministério da Saúde, para a prescrição do remédio.

Segundo o documento divulgado pela pasta, fica permitida a prescrição de cloroquina para casos leves da covid-19. O entendimento anterior era a prescrição do medicamento apenas para casos graves. A droga, contudo, como indicou o próprio presidente na publicação, não tem eficácia comprovada contra o novo coronavírus.

No texto, Bolsonaro lembrou que, de acordo com as novas orientações, o medicamento segue ministrado com aval de médicos e pacientes, ou familiares. Pelo documento do ministério, o paciente deve assinar um termo de “ciência e consentimento” sobre o uso da droga.

O protocolo inclui declarar conhecer que o tratamento pode causar efeitos colaterais que podem levar à “disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito”.

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