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Brasil Ex-advogado de duas empreiteiras investigadas na Lava-Jato denuncia fraudes e extorsão em sua delação premiada e atinge o juiz Sérgio Moro

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A Procuradoria pediu que ficasse com Moro os depoimentos complementares que tratam de suspeitas de repasses ilegais da empresa feitos em conta no exterior que teriam como beneficiários políticos do PT. (Foto: Lula Marques/AGPT)

Acusado de lavar mais de 50 milhões de reais, o ex-advogado da Odebrecht e da UTC Rodrigo Tacla Durán causou um alvoroço ao fazer sérias denúncias dos bastidores da Operação Lava-Jato.
Em depoimento no fim de novembro à CPI da JBS, Durán incrimina o advogado Carlos Zucolotto Jr, ex-sócio da esposa do juiz federal Sérgio Moro e padrinho de casamento do casal, de oferecer delação premiada com pagamento de caixa 2.

O acordo reduziria a multa de 15 milhões de dólares para 5 milhões de dólares, com a condição de Durán pagar 5 milhões de dólares “por fora”, a título de honorários, porque “havia o pessoal que ajudaria nessa tarefa”. Nesse pacote constaria ainda a prisão domiciliar em lugar do regime fechado.
Os procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon teriam lhe enviado o esboço da colaboração, conforme os termos propostos por Zucolotto. O réu apresentou à CPI imagens periciadas da conversa com o advogado.

Por considerar que estava sendo extorquido, além do risco de ser preso preventivamente, Durán decidiu não aceitar o negócio e se mudou para a Espanha, onde tem dupla cidadania, com a família.
Moro declarou, por meio de nota, ser “lamentável que a palavra de um acusado foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas infundadas”.

Tacla Durán também acusa o ex-procurador Marcello Miller de oferecer colaboração “à la carte”: uma lista de políticos que poderia incriminar. A cooperação não pode ser induzida.

Miller nega. “Ele é um enganador: enganou a Lava-Jato com argumentos artificiosos para deixar o País; e agora tenta enganar o Congresso com estórias estapafúrdias.” As denunciações serão averiguadas pelo Ministério Público. O jurista Walter Maierovitch acredita em um conchavo contra a operação.

Documentos

Tacla Durán também denuncia que os extratos entregues pela Odebrecht ao MP como prova foram “adulterados” e “falsificados”.

Ele afirma ter identificado as modificações após ter seu nome apontado em irregularidades da empresa. Os documentos estariam fora do padrão do banco, com incongruência de nomes e datas. Apontado como doleiro, Durán afirma ter atuado somente como advogado e nega que tenha cometido crimes.

Entre os dados que ele coloca sob suspeita estão extratos anexados pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot na segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O réu entregou cópia da documentação à CPI, mas pediu que fosse mantido sob sigilo.

“Se tem uma prova de adulteração, todas as provas que saem daquele sistema são viciadas”, relatou o ex-defensor do grupo. Atualmente refugiado na Espanha por conta de sua dupla nacionalidade, Rodrigo Tacla Durán já chegou a ser preso em Madri, mas foi liberado e conseguiu decisão para não ser extraditado.

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