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Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2018
O ex-campeão mundial de boxe Mike Tyson se juntou a dois sócios para cultivar maconha na Califórnia. De acordo com matéria do site Blast, o “Rancho Tyson” terá 160 mil metros quadrados, o equivalente a 22 campos de futebol. Além de plantar vai implementar a tecnologia para reforçar o estudo sobre os benefícios medicinais da erva. Recentemente o estado americano legalizou o uso recreativo e medicinal da maconha.
A produção terá escala industrial, segundo a reportagem, para abastecer a demanda californiana. Além da plantação, o local contará com um centro de abastecimento e hidratação para o cultivo, uma estação de extração, fábrica e um anfiteatro, que será usado em palestras e estudos sobre os benefícios da cannabis. Também haverá uma escola onde cultivadores vão aprender as melhores formas de ter sua produção.
O Rancho Tyson fica no meio do deserto da Califórnia, a 100km do Parque Nacional do Vale da Morte. Os primeiros trabalhos começaram no fim do mês passado. As terras não desenvolvidas precisam ser preparadas para o cultivo.
Faz tempo que Tyson apoia o uso da maconha medicinal. Com o negócio ele pretende melhorar a pesquisa e o tratamento da planta. Foi provado que a CBD – cannabis sem propriedades psicoativas – trabalha como anti-inflamatório, antioxidante, antipsicótico e age contra convulsões.
Uso recreativo
A maconha com fins medicinais já é legalizada desde 1996 no “Golden State”, e será liberada aos poucos para fins recreativos: 60 estabelecimentos inicialmente terão licença para comercializar. Ao longo do ano, espera-se a abertura de centenas de outras lojas no Estado.
A venda começou parcialmente na segunda-feira em cerca de dez condados, entre os que não está o Condado de Los Angeles, o mais populoso do país e que começará a receber solicitações para licenças de distribuição e venda a partir deste mês.
Fora a Califórnia, a venda de maconha para uso recreativo também é legal nos Estados do Alasca, Colorado, Nevada, Óregon e Washington. No Maine, também é legal possuir uma dose pessoal, embora ainda não se tenha autorizado a venda, o que se espera que se inicie em meados deste ano. Em Massachusetts, será legal a partir de julho.
É preciso que os dispensários operem mantendo um raio de 180 metros de distância de escolas, e em algumas jurisdições está proibida a venda a menos de 305 metros de parques públicos, creches e outras áreas assinaladas como “sensíveis”.
Já os cultivos em casas não contam com restrição de distância em relação a escolas ou parques, mas fica limitado a seis plantas, e a venda em dispensários só será feita a pessoas maiores de 21 anos e limitada a 28 gramas por cada compra.
O processo de legalização foi feito como uma estratégia para combater o narcotráfico e o mercado ilegal, que nos EUA chega a 50 bilhões de dólares, segundo a ArcView. Neste primeiro ano, o governo estadual espera arrecadar 1 bilhão de impostos.