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Brasil O ex-deputado Eduardo Cunha disse que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot queria usá-lo para derrubar Temer e emplacar o seu sucessor na Procuradoria-Geral da República

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No primeiro processo, Moro condenou Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso há quase um ano em Curitiba, atribui a estagnação da negociação para seu acordo de delação premiada a motivações políticas de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República. “O Janot não queria a verdade; só queria me usar para derrubar o Michel Temer”, afirmou o ex-presidente da Câmara dos Deputados em entrevista à revista Época, publicada na edição desta semana.

Além disso, segundo Cunha, o interesse de Janot era emplacar seu candidato, Nicolao Dino, no comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), já que um terceiro mandato seu era improvável. “O nome de Dino, vice-procurador-geral eleitoral de Janot e irmão do atual governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), enfrentava resistência no PMDB. Com o nome de Dino enfraquecido, Raquel Dodge – apontada como desafeto de Janot – seria escolhida. “O Janot viu a oportunidade de tirar o Michel Temer e conseguir fazer o sucessor dele na PGR”, completou o ex-deputado.

Segundo Cunha, o ex-procurador-geral queria que ele mentisse em seu depoimento a fim de comprometer o presidente. O ex-deputado disse que Janot gostaria que ele admitisse ter vendido o silêncio ao empresário Joesley Batista — a informação seria utilizada na denúncia contra Temer. Essa informação foi a primeira a vir à tona, em maio, no acordo do sócio da JBS com a PGR e desencadeou uma crise política no governo Temer.

Cunha ainda disse que, como não aceitou mentir, Janot utilizou as informações delatadas por Lúcio Funaro, que celebrou acordo com a Justiça. “O que eu tenho para falar ia arrebentar a delação da JBS e ia debilitar a da Odebrecht. E agora posso acabar com a do Lúcio Funaro”, afirmou.
Ele disse que há mentiras e omissões nos depoimentos do operador. Por exemplo, Funaro “se esqueceu de dizer que ele me trouxe uma oferta de dinheiro para pagar o advogado Antonio Figueiredo Basto”.

Basto defendia o doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros a delatar na Operação Lava-Jato. Segundo Cunha, o advogado cobrou para mudar o depoimento de seu cliente em relação ao ex-deputado.

Histórias quilométricas

Agora, segundo afirmou à publicação, está disposto a voltar a negociar com Raquel Dodge, nova procuradora-geral: “Tenho histórias quilométricas para contar, desde que haja boa-fé na negociação”.
Questionado pela reportagem de Época sobre o que revelaria de tão grave, Cunha disse que não quebraria acordo de confidencialidade, que continua válido, com a PGR. “Eu honro meus acordos”, observou.

Na entrevista, o peemedebista critica à atuação do juiz Sergio Moro, responsável pela Lava-Jato em Curitiba. O magistrado descumpre o processo legal, na avaliação do deputado, e agiu para “destruir o establishment, a elite política. E conseguiu”.

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