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Brasil O ex-deputado Eduardo Cunha obteve um habeas corpus no Supremo, mas deve continuar preso

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O emedebista (C) está encarcerado desde outubro de 2016. (Foto: EBC)

O ministro Marco Aurélio, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu habeas corpus ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso em Curitiba (PR). A decisão liminar (em caráter provisório) se refere a um processo que o ex-parlamentar enfrenta na Justiça Federal no Rio Grande do Norte.

Na prática, entretanto, o ex-deputado – preso desde outubro de 2016 – não deverá ser solto, porque há outros três decretos de prisão expedidos contra ele pela Justiça Federal no Paraná e também em Brasília.

“Defiro a liminar. Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas próprias: caso o paciente [Cunha] não esteja recolhido por motivo diverso da prisão preventiva retratada no processo […] da 14ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte”, escreveu Marco Aurélio na decisão.

O processo se refere a desvios de recursos em obras no Rio Grande do Norte, alvo de inquérito em uma operação que é desdobramento da Lava-Jato e que envolve empreiteiras. O também ex-deputado Henrique Alves (MDB-RN) também foi implicado.

Sequência

O político teve o mandato de deputado federal cassado em setembro de 2016. Com a perda do foro privilegiado, o STF autorizou a remessa de dois processos contra Cunha à Justiça Federal do Paraná.

Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016 por ordem do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.

No processo da força-tarefa na capital paranaense, ele foi condenado sob a acusação de ter recebido R$ 4,7 milhões de propina para viabilizar a compra de um campo de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.

Quando a Justiça Federal do Rio Grande do Norte decretou a prisão de Cunha, em junho de 2017, ele já estava preso por determinação de Moro.

O ex-deputado (cujo mandato foi cassado pelos colegas na Câmara) ainda é réu em outras ações criminal e também em um processo por improbidade administrativa, ambos ligados às investigações da Lava-Jato.

Uma ação criminal acusa o ex-deputado de ter recebido propina ligada a contratos de navios-sonda da Petrobras. Esse caso está sob a responsabilidade do TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região, sediado no Rio de Janeiro).

Porém, o MPF (Ministério Público Federal) já se manifestou favoravelmente pelo envio do processo à 13ª Vara Federal de Curitiba, que é presidida pelo juiz Sérgio Moro. O TRF2 ainda não decidiu sobre o caso.

Há, ainda, uma ação penal que corre na 10ª Vara Federal de Brasília. Em junho, o juiz Vallisney de Souza Oliveira condenou Cunha nesse processo a 24 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e violação de sigilo funcional. Cunha também teve a prisão preventiva decretada nesse processo.

As acusações versam sobre um suposto esquema de propina relacionado a empréstimos do FI-FGTS (Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Outra ação na qual Cunha é réu está na 6ª Vara Federal de Curitiba. O ex-deputado foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato por improbidade administrativa, numa ação que pede uma indenização de R$ 10 milhões por supostos prejuízos causados à Petrobras pelo envolvimento dele no esquema de propina na estatal.

A ação por improbidade, por não ser uma ação criminal, não foi distribuída ao juiz Sergio Moro, que cuida dos processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.

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https://www.osul.com.br/o-ex-deputado-eduardo-cunha-obteve-um-habeas-corpus-no-supremo-mas-deve-continuar-preso/ O ex-deputado Eduardo Cunha obteve um habeas corpus no Supremo, mas deve continuar preso 2018-06-28
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