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Brasil O ex-governador Sérgio Cabral criticou o atual governador e se eximiu de culpa pelo caos financeiro do Rio dizendo: “essa crise não é minha”

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Cabral afirmou que o anel comprado pelo empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Deltra Construções, foi um "presente de puxa-saco" e que a joia foi devolvida em 2012. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), preso e condenado em ações penais da Operação Lava-Jato, fez nesta terça-feira (5) críticas ao governo de seu sucessor, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e disse não ter qualquer responsabilidade quanto à crise financeira vivida pelo Estado nos últimos anos.

“Essa crise não é minha”, declarou ele, em interrogatório na 7ª Vara Federal Criminal conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, responsável em primeira instância pelas ações da Lava-Jato no Rio.

Cabral, que renunciou ao cargo de chefe do Executivo fluminense em abril de 2014, afirmou a Bretas ter deixado o governo com salários pagos em dia e com “dinheiro em caixa”. Pezão, que era vice de Cabral, vem atrasando os vencimentos de servidores desde o fim de 2015 – o 13º do ano passado, por exemplo, até hoje não foi quitado.

O ex-governador disse ainda que, “infelizmente, esse governo atual foi incapaz de manter o teleférico [do Complexo do Alemão, na zona norte carioca] funcionando” e que, em sua opinião, foi ineficaz ao não garantir uma boa gestão do estádio do Maracanã, reformado ao custo de mais de R$ 1 bilhão para a Copa do Mundo de 2014. Também mencionou os carros das polícias Civil e Militar, que, segundo Cabral, estão “caindo aos pedaços”.

A obra do Maracanã é justamente o objeto da ação penal que demandou a audiência desta terça. O processo apura formação de cartel e fraudes a licitações da reforma do estádio e também das obras de urbanização do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em grandes favelas do Rio.
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), a empreiteira Delta pagou propina a Cabral e a outros agentes públicos para integrar consórcios que venceram licitações realizadas pelo Executivo fluminense.

Foram denunciados à 7ª Vara Federal Criminal (RJ), em 19 de abril deste ano, Cabral, Cavendish, o ex-subsecretário de Obras do Estado Hudson Braga e outras 17 pessoas. Pezão não é réu no processo.

Anel

Ainda no interrogatório desta terça, Cabral afirmou que o anel comprado pelo empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Deltra Construções, foi um “presente de puxa-saco” e que a joia foi devolvida em 2012, três anos depois do aniversário de sua mulher, Adriana Ancelmo.

O ex-chefe do Executivo fluminense disse que Cavendish é um “pobre sujeito desesperado” e que teria medo de voltar para a cadeia. Atualmente, Cavendish cumpre prisão domiciliar.

“Ele me deu a oportunidade de dizer agora para o senhor que ele é um mentiroso”, disse a Bretas.

Em tom de revolta, Cabral reconheceu ter recebido o agrado, mas disse que o certame para reforma do estádio só foi realizado um ano após o aniversário da mulher. “A licitação só foi feita em agosto de 2010”, comentou.

“Esse pobre sujeito desesperado vai mudando a versão dele de acordo com os interesses da acusação”, completou ex-governador.

 

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