Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2019
O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) assinou o acordo de delação premiada com os procuradores da força-tarefa da Operação Greenfield, segundo informações divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
É o terceiro acordo celebrado por ele. A colaboração será homologada na 10ª Vara de Brasília.
Palocci contou aos procuradores sobre a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fundo de pensão. Entre eles o acordo feito para que a Funcef e a Petros entrassem como acionistas da Norte Energia, proprietária da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Palocci está em Brasília desde a segunda-feira (7) para prestar depoimentos aos investigadores da Greenfield, que investiga desvios nos maiores fundos de pensão do país.
O ex-ministro já assinou dois acordos: com a Polícia Federal de Curitiba e com a PF (Polícia Federal) de Brasília.
Depoimentos
O ex-ministro Antonio Palocci iniciou na manhã desta quarta-feira (9), em Brasília, o terceiro e último dia de depoimentos a procuradores da Operação Greenfield, na Procuradoria da República no Distrito Federal, segundo o portal de notícias G1.
Os depoimentos de Palocci, ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil no de Dilma Rousseff, começaram na segunda-feira (7).
Os procuradores consideram que ele pode dar informações relevantes sobre as supostas fraudes nos fundos de pensão. Os depoimentos do ex-ministro são fechados e sigilosos.
Palocci cumpre pena em casa desde 29 de novembro, com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Ele mora em São Paulo.
A viagem para Brasília foi autorizada pela juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na 13ª Vara Criminal de Curitiba. Ela assumiu os processos da Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal do Paraná.
Para evitar exposição em aeroportos e em avião comercial, o ex-ministro viajou de carro até a capital federal.
Ele deve voltar a São Paulo ainda nesta quinta-feira (10).
Palocci foi condenado a 9 anos e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em setembro de 2016, ele foi preso na Operação Omertà, desdobramento da Lava-Jato.
À PF, o ex-ministro relatou suposta atuação criminosa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para viabilizar o projeto de nacionalizar a indústria naval e arrecadar recursos para “quatro ou cinco” campanhas do PT – em especial, a primeira eleição de Dilma Rousseff, em 2010 –, a reboque da descoberta do pré-sal.
Segundo o delator, Lula e Dilma teriam determinado indevidamente a cinco ex-dirigentes dos fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros), indicados aos cargos pelo PT, que capitalizassem o “projeto sondas”. Cinco ex-dirigentes de fundos de pensão foram citados.