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Brasil Ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho se entregou à Polícia Federal

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Leonardo Arantes estava em Londres e se entregou na sexta-feira. (Foto: Sergio Amaral/Ministério do Trabalho)

O ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho Leonardo José Arantes está na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília desde a noite de sexta-feira (1°), quando se entregou por volta das 19h. Sobrinho do líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes, Leonardo teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira (30) pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Registro Espúrio no STF (Supremo Tribunal Federal).

O ex-secretário estava em missão oficial na Inglaterra e foi exonerado do cargo a pedido na sexta-feira. Leonardo Arantes é um dos investigados por suposto envolvimento na venda de registros sindicais dentro do Ministério do Trabalho.

Segundo a PF, foi descoberto um “amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares”. São apurados os supostos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

Na quarta-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes na Câmara de Jovair Arantes, Wilson Filho (PTB-PB) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP). As sedes dos partidos PTB e Solidariedade, bem como da Força Sindical, também foram alvos de busca. Todos os deputados e a central sindical negaram ter envolvimento com as irregularidades.

Demissão no Incra

Rogério Arantes, outro investigado na operação, pediu demissão do cargo de diretor de Ordenamento de Estrutura Fundiária do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) na sexta-feira. O pedido foi aceito pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O agora ex-diretor do Incra também teve a prisão decretada pelo ministro Fachin. As prisões do ex-diretor, do ex-secretário e de mais 21 servidores públicos, lobistas e advogados foram pedidas pela Polícia Federal e endossadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Os dois Arantes são sobrinhos do líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), responsável pela indicação deles para os cargos estratégicos do Ministério do Trabalho e do Incra. Rogério Arantes, que também estava sendo procurado pela polícia, fez o pedido de demissão por intermédio do Sistema Eletrônico de Informação, ou seja, ele não precisou ir até a sede do instituto para formalizar a saída do governo. Para evitar voltar ao antigo local de trabalho, o ex-diretor mandou um emissário devolver o celular funcional.

As investigações sobre suposta fraude no registro de sindicatos alcançam também o presidente do PTB, Roberto Jefferson, Jovair Arantes e os colegas deputados Paulinho da Força (SDD-SP) e Wilson Filho (PTB-PB), entre outros. Pelas investigações da polícia, o grupo cobrava um pedágio para agilizar a tramitação de processos de registro de sindicatos no Ministério do Trabalho. Aqueles que se recusavam a aderir ao esquema poderia ter o pedido de regularização postergado indefinidamente. Num dos casos investigados, o grupo teria cobrado R$ 4 milhões por um registro.

A polícia ainda não sabe quais eram os critérios supostamente usados pelo grupo para definir o valor da propina. Os investigadores suspeitam, no entanto, que um dos pontos de referência era a estrutura do sindicato a ser criado. Sindicatos maiores teriam que pagar suborno mais alto. Além das 23 prisões e buscas em 64 endereços, Fachin determinou medidas cautelares contra os deputados. Eles estão proibidos de frequentar o Ministério do Trabalho, manter tratativas de qualquer natureza com centrais sindicais e também não podem conversar com os demais investigados.

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