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Brasil O executivo Marcelo Odebrecht deixará a carceragem da Polícia Federal em Curitiba nesta terça-feira

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Marcelo terá que cumprir o regime domiciliar integral, com uso de tornozeleira eletrônica. (Foto: Banco de Imagens/O Sul)

O executivo Marcelo Odebrecht deixará a Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR) nesta terça-feira (19), por volta de 13h, e se apresenta às 14h30min na Justiça Federal do município para colocar a tornozeleira eletrônica. A medida é necessária para que o empresário cumpra o restante da pena em prisão domiciliar. A informação foi confirmada pela PF nesta segunda-feira (18).

A defesa do executivo esteve na carceragem da PF na tarde desta segunda, em visita que durou cerca de 15 minutos. O advogado Nabor Bulhões disse desconhecer o teor de uma movimentação no processo que se deu perto das 15h, de conteúdo sigiloso e que ainda aguarda “uma definição do Juízo”, embora espere a saída do executivo ainda esta terça.

“Se o acordo for cumprido, ele deve sair amanhã”, afirmou.

Ao deixar a Superintendência da PF, Odebrecht seguirá para uma audiência com a juíza federal substituta da 12ª Vara Federal de Curitiba, Carolina Lebbos. Além de receber a tornozeleira eletrônica, o empresário também informará onde deve cumprir a prisão domiciliar.

O advogado acrescentou que Marcelo está preocupado com duas coisas: voltar para a família e cumprir o acordo de delação premiada, firmado em outubro do ano passado.

No entanto, Bulhões adiantou que nenhum documento foi entregue na 12ª Vara de Execuções Penais, onde esteve por cerca de 40 minutos logo depois do almoço. A assessoria da Odebrecht não confirmou a hora de saída do executivo e tampouco quem retiraria os pertences dele na carceragem.

Preso há dois anos e meio pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Marcelo Odebrecht deve cumprir o restante da pena em sua mansão no bairro do Morumbi, área nobre de São Paulo. A defesa, no entanto, não soube informar se o transporte será realizado de carro ou avião.

O executivo permanecerá em prisão domiciliar por mais dois anos e meio, sem poder deixar a casa e monitorado por tornozeleira eletrônica. Após este período, terá pela frente mais sete anos e meio de medidas restritivas antes de poder voltar a atuar na empreiteira, como determinado pelo acordo de delação premiada.

No entanto, durante negociação do acordo de delação premiada, o empreiteiro entrou em acordo com os procuradores do Ministério Público e conseguiu autorização para ir na formatura de uma das filhas, que termina a faculdade em 2018.

Durante o tempo de prisão, Marcelo viu que o mundo real é bem diferente do que ele costumava fantasiar na sua cabeça e percebeu que o dinheiro não poderia comprar a todos, como a Odebrecht fazia com políticos que aceitavam receber propina para beneficiar a empreiteira. Nos três primeiros meses, ele manteve a pose, como se estivesse andando nos corredores de sua empresa quando circulava por dentro do Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Na medida em que sua pena se alongava, ele passou a interagir mais com os demais presos e até dividia a comida levada pela esposa com os companheiros de internação. Ao mesmo tempo em que aproximava laços no presídio, Marcelo via sua estrutura familiar desmoronar. O jornalista Marcelo Cabral, autor do livro “O Príncipe – uma biografia não autorizada de Marcelo Odebrecht”, conta que ele brigou com o pai, Emílio Odebrecht, após a primeira visita do patriarca ao centro de detenção.

“A personalidade de Marcelo e de Emílio são completamente diferentes. O Marcelo é mais fechado, e evita chamar atenção. Já o Emílio tem muitos contatos, gosta de falar, contar histórias. Ao visitar o filho na prisão, Emílio pediu que ele fizesse o acordo de delação, o que deixou Marcelo bastante irritado”, destacou. O nome do livro faz referência ao apelido do herdeiro de um dos maiores império do ramo de construção nacional.

Por conta das desavenças, a esposa de Marcelo deixou de frequentar o Natal com os familiares do marido, como sempre fazia. O mesmo deve ocorrer este ano, quando Odebrecht deve ficar o feriado sem a presença dos pais, que estarão viajando no período. Até mesmo a mãe, que sempre manteve maior proximidade com o empresário, se afastou após as desavenças.

 

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