Brasil O Facebook afirma que sempre esteve disponível para responder às questões das autoridades
Por Redação O Sul | 2 de março de 2016
O Facebook afirmou nessa terça-feira que está desapontado com a prisão do vice-presidente da rede social para a América Latina, Diego Dzodan. O argentino foi detido preventivamente, quando não há prazo para a soltura, em São Paulo pela manhã. Em comunicado, a empresa ainda afirmou: “O Facebook sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as autoridades brasileiras possam ter”.
A prisão preventiva se pautou pelo parágrafo segundo da lei 12.850, de 2013, que prevê pena de 3 a 8 anos de prisão a quem impede ou embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Ainda de acordo com a vara criminal local, o juiz Marcel Maia Montalvão, que assinou o pedido de prisão, solicitou anteriormente o bloqueio de valores do Facebook. “Foi determinada uma multa de 50 mil reais caso a ordem não fosse cumprida, a empresa não atendeu. A multa foi elevada para 1 milhão de reais e, também, o Facebook não cumpriu a determinação judicial de quebra do sigilo.”
Segundo a PF (Polícia Federal), até que a empresa forneça o que foi solicitado continuará a pagar a multa milionária todos os dias.
A PF argumentou que os criminosos não fazem mais ligações e estão migrando para o aplicativo. A entidade disse que outros sites, como Yahoo e Google, costumam conceder a quebra de sigilo para as investigações, diferentemente do Facebook.
