O Facebook anunciou que vai endurecer as regras para transmissão de vídeos ao vivo. A decisão veio depois que a rede social foi usada para transmitir ataques contra mesquitas na Nova Zelândia, no último dia 15, que deixaram 50 mortos.
De acordo com a diretora operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, a ideia é impedir a transmissão ao vivo da plataforma para pessoas que violaram anteriormente as políticas da rede social. “Em razão do ataque terrorista estamos adotando três medidas: fortalecer as regras para o uso do Facebook Live, adotar novas ações para enfrentar o ódio em nossas plataformas e apoiar a comunidade neozelandesa”, informou Sheryl.
O Facebook também anunciou que está investindo na melhoria do software para identificar rapidamente versões editadas de vídeos ou imagens violentas e impedir que elas sejam compartilhadas ou que sejam republicadas.
Imagens e mensagens extermistas
A Austrália se comprometeu neste sábado (30) a adotar uma legislação mais rigorosa, com penas de prisão e multas, para dirigentes de meios de comunicação e redes sociais que não eliminem rapidamente imagens e mensagens de caráter extremista, duas semanas após o massacre de Christchurch, na Nova Zelândia. O novo pacote de leis será apresentado ao Parlamento na próxima semana.
Desde o massacre de 50 pessoas, no dia 15 de março, em duas mesquitas de Christchurch por um supremacista branco australiano que transmitiu o ataque pelas redes sociais, o governo em Canberra pressiona a mídia para impedir que terroristas utilizem suas plataformas. Horas após o massacre, o Facebook retirou 1,5 milhão de cópias do ataque, transmitido “ao vivo” por seu autor nesta rede social.
“As grandes empresas de redes sociais têm a responsabilidade de adotar todas as medidas possíveis para garantir que seus produtos tecnológicos não sejam utilizados por terroristas”, declarou o premier australiano, Scott Morrison.
A lei criará a figura penal pela omissão de qualquer plataforma em destruir rapidamente “documentos violentos e repugnantes”, como um ataque terrorista, assassinato ou estupro. Os dirigentes de redes sociais considerados culpados enfrentarão até três anos de prisão e suas empresas poderão pagar uma multa de até 10% de seu volume de negócios anual.
“A mídia convencional que difundir este tipo de documento poderá perder sua licença, e não há motivo para que as redes sociais sejam tratadas de forma diferente”, declarou a Procuradoria-Geral.
