Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2018
O Facebook firmou parceria com a RED para a produção de um sistema de câmeras de realidade virtual profissional. As informações são do site CanalTech e da agência Bloomberg.
A novidade, anunciada no F8 (conferência do Facebook para desenvolvedores), deve ser capaz de fazer a captura de imagens em alta resolução em 6DoF (seis degraus de liberdade, na tradução literal), permitindo a visualização e exploração em tempo real da tecnologia de realidade virtual. A companhia sugere o uso por cineastas e criadores de conteúdo que desejam criar imagens mais imersivas.
A parceria é resultado dos esforços do Facebook em sua plataforma Surround 360, lançada em 2016 com documentos de especificações de código aberto e design de hardware para um dispositivo com matriz de 17 câmeras, todas destinadas à captura de imagens para realidade virtual.
O objetivo da empresa de Mark Zuckerberg é auxiliar fabricantes de câmeras e outras empresas com experiência em tecnologia industrial e de consumo a desenvolverem um produto voltado a cineastas e produtores de conteúdo com foco em realidade virtual.
“Levamos todo o nosso aprendizado nos últimos dois anos e todas as nossas câmeras e desenvolvimento de algoritmo para informar muitas de nossas decisões sobre parcerias e designs de câmeras. Também ouvimos muitas pessoas que usam nossos protótipos para incorporar todos os aprendizados do setor para filmar com câmeras de realidade virtual”, conta Brian Cabral, diretor de engenharia e especialista em fotografia computacional do Facebook.
Como a parceria ainda é recente, as empresas ainda não divulgaram protótipos do projeto nem informações sobre valores. No entanto, com base nas câmeras da RED já existentes, que podem custar desde US$ 5 mil a US$ 50 mil, o preço deverá ser bastante salgado.
Versão sem propagandas
O Facebook vem realizando pesquisas de mercado nas últimas semanas para determinar se uma versão sem propagandas e paga através de assinaturas estimularia mais gente a entrar na rede social, segundo pessoas a par do assunto.
A empresa já havia estudado essa opção anteriormente, mas agora existe um impulso interno maior para concretizá-la por causa do recente escândalo do Facebook relativo à privacidade dos dados, disseram as pessoas. Os planos não são sólidos e talvez não avancem, de acordo com as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas.
O Facebook preferiu não comentar a possibilidade de um serviço sem propagandas baseado em assinatura. O CEO Mark Zuckerberg e a diretora de operações Sheryl Sandberg passaram boa parte da conferência sobre os resultados do primeiro trimestre divulgando os benefícios da rede patrocinada por anúncios, que, segundo eles, possibilita que a empresa chegue à maioria das pessoas, em todos os níveis de renda. Mas esta não é a única maneira de administrar a companhia.
“Sem dúvida, pensamos em muitas outras formas de monetização, inclusive assinaturas, e sempre continuaremos considerando tudo”, disse Sandberg.