Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2017
Bateu uma fome depois de ver aquela foto de comida do seu amigo no Facebook? Agora, a solução pode estar a poucos cliques de distância. Isso porque a rede social – a mais popular do mundo na atualidade – lançou um serviço que permite aos seus usuários façam pedidos de delivery para restaurantes, por meio de um aplicativo do site. O serviço, por enquanto, está disponível somente no mercado dos Estados Unidos.
Para tornar essa função disponível, a empresa fundada em fevereiro de 2004 se associou a serviços de entrega locais, como EatStreet, Delivery.com, DoorDash e Olo. Além disso, o Facebook fechou parcerias com grandes cadeias de restaurantes norte-americanas, como Chipotle, Jack in the Box, Papa John’s, Panera e TGI Friday’s.
O novo recurso, chamado de “Order Food” (pedir comida, em um tradução literal do inglês para o português), está abaixo da aba “Explorar” no menu da rede social. Para fazer um pedido, o usuário tem que informar sua localização e selecionar um restaurante associado aos serviços de entrega. Depois, o Facebook abre uma janela dentro da própria rede social e permite que a pessoa finalize o pedido no site do parceiro.
O modelo é parecido com o dos aplicativos de entrega, a única diferença é que o Facebook abre uma janela redirecionando os usuários direto para o site de delivery dos próprios restaurantes. “As pessoas já vão para o Facebook para decidir o que comer, lendo sobre os restaurantes próximos e vendo o que seus amigos dizem sobre eles. Então, vamos tornar isso ainda mais fácil”, disse em um blog da rede social Alex Himel, vice-presidente da empresa.
Com essa novidade, o Facebook garante que os seus mais de 2 bilhões de usuários passarão mais tempo conectados à sua plataforma. Após o anúncio, houve uma elevação de pelo menos 1% nas ações da empresa, que há um ano já havia sinalizado o interesse em abrir esse tipo de serviço para os usuários da rede social.
Já as ações do serviço de entrega de alimentos GrubHub Inc. poderão se recuperar da queda de quase 3%, sofrida no mês passado, depois que os restaurantes conveniados à rede de vendas on-line Amazon se juntaram à Olo, cuja rede de restaurantes inclui os famosos Applebee’s e Chipotle.
Obesidade
A inovação do Facebook não deixa de suscitar questionamentos sobre o risco de obesidade entre os internautas, afinal serviços como o Order Food podem ser um estímulo adicional ao sedentarismo. De acordo com estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil, por exemplo, 80% da população do País na faixa entre 9 e 17 anos de idade utilizam a rede, sendo que 66% navegam diariamente.
O uso exagerado das mídias, porém, pode trazer uma série de problemas para o desenvolvimento dos jovens, como obesidade e insônia. Preocupada com esses impactos, a AAP (Academia Americana de Pediatras) publicou há um ano uma série de recomendações para ajudar pais e cuidadores a garantirem o uso seguro da internet e da televisão.
Divididas por faixa etária, as sugestões são resultado de uma compilação dos maiores estudos já feitos sobre o impacto das mídias digitais na saúde infantil. Apesar de comum, não é recomendável que crianças com menos de 2 anos tenham acesso à televisão e aos dispositivos móveis.
Elas não aprendem muito a partir de programas e aplicativos porque não têm a capacidade de transferir as informações que veem na tela para o mundo real. A única atividade digital recomendada para essa faixa etária é a videochamada, ferramenta que pode ser utilizada para que meninos e meninas consigam se comunicar com parentes distantes, fortalecendo os laços pessoais.
Também é necessário limitar o tempo passado na frente das telas, principalmente da televisão, alertaram os especialistas. Um estudo internacional publicado na revista PLoS One em 2013 indicou que assistir à tevê de uma a três horas por dia pode aumentar o risco de obesidade em crianças e adolescentes entre 10% e 27%.
A recomendação atual da AAP é que o tempo seja limitado a uma hora diária para meninos e meninas entre 2 e 5 anos. A academia diz também que pais e cuidadores devem cuidar para que os pequenos sigam a quantidade recomendada de atividade física diária, também de uma hora; e de sono, entre oito e 12 horas, conforme a idade.
