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Brasil O filho de um dos homens que esteve entre os mais ricos do mundo não quis ser herdeiro. Mesmo assim, ficou milionário aos 33 anos

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Marcos reconhece que ganhou dinheiro muito cedo e que apostar em bebidas – ele foi o criador da Sagatiba, que tinha o apelo de uma cachaça mais chique – não foi um bom negócio, porque não soube calcular os riscos da atividade. (Foto: Reprodução)

Milionário aos 33 anos, quando vendeu em 1999 a Zip.Net, empresa de correio eletrônico, por US$ 365 milhões, Marcos Moraes diz que nunca quis seguir os passos do pai, o antigo “rei da soja”, Olacyr de Moraes.

Reforçou que jamais quis ser herdeiro e que nunca se animou com os papos que seu pai tinha com amigos agricultores sobre safra agrícola. “Todo ano era a mesma história do agora vai (dar certo).”

O empresário recebeu o jornal O Estado de S. Paulo em seu escritório, em um prédio de instalações modestas na Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. Segundo ele, a relação com o pai sempre foi de muito respeito. Com a irmã Ana Cláudia, no entanto, parece mais distante.

“Não somos brigados. A gente se encontra em aniversário de sobrinho”, afirmou, completando que não a processou para receber o dinheiro que emprestou ao pai, cujo valor ele não revela.

Marcos reconhece que ganhou dinheiro muito cedo e que apostar em bebidas – ele foi o criador da Sagatiba, que tinha o apelo de uma cachaça mais chique – não foi um bom negócio, porque não soube calcular os riscos da atividade. O empresário vendeu a companhia em 2011, por US$ 26 milhões, para o grupo italiano Campari.

Agora, sua aposta é na Luanet, uma empresa virtual que viabiliza empreendedorismo pessoal. O negócio foi lançado no início deste ano. A plataforma reúne pessoas que querem comercializar seus produtos na internet e faz a ponte para a venda. O diferencial, explica Marcos, é que o empreendedor ganha um impulso de marketing.

“O foco está nas cidades do interior do País. Podemos fazer um outdoor para promover o vendedor”, diz. Marcos Moraes não divulga dados de vendas, mas disse que o negócio cresce mês a mês.

Pessoas próximas ao empresário dizem que a fase atual dele é bem diferente do início dos anos 2000, quando vendeu seu negócio e viajava em jatinho particular.

Marcos começou a fazer Economia, mas não concluiu o curso. Foi Olacyr que emprestou à época US$ 6 milhões para ele começar o seu negócio. Antes de vender a Zip, já tinha empreendido em tecnologia. Também criou e vendeu, nos anos 1990, a operadora de paging (mensagens de texto) Access, pouco antes desse mercado entrar em crise, com o avanço do celular.

Briga de irmãos

A disputa pelo espólio de Olacyr não envolve apenas credores distantes. De acordo com fontes próximas a Ana Claudia, há ainda desentendimentos entre ela e o irmão mais velho, Marcos Moraes.

Na divisão do bens, feita no início dos anos 2000, a herdeira ficou com os ativos rurais, enquanto Marcos preferiu ficar de fora dos negócios do pai. Anos depois, no entanto, ele acabou se tornando um dos credores relevantes do grupo. Bem-sucedido com a venda do Zip.net, serviço de correio eletrônico gratuito pioneiro no Brasil, para a Portugal Telecom (que foi incorporada pela Oi), por US$ 365 milhões, Marcos emprestou dinheiro ao pai em um dos momentos mais críticos do grupo. O valor não foi revelado.

De acordo com pessoas próximas à família, Marcos passou a cobrar a irmã pelo empréstimo e, em 2015, quando o foco da crise dos negócios estava na Usina Itamarati, teria mandado executar a dívida. Ao Estado, Marcos Moraes confirmou o empréstimo – feito a pedido de Olacyr –, mas negou que houve litígio para receber o dinheiro. “Esse assunto está resolvido”, disse, sem dar detalhes. Ana Cláudia não concedeu entrevista.

Com pouca experiência na gestão de empresas, Ana Cláudia contratou consultorias de reestruturação e profissionais de mercado para administrar os negócios do pai. No caso da Usina Itamarati, houve três trocas de comando nos últimos cinco anos. A usina, que chegou a ser considerada a maior do mundo, foi reestruturada pela consultoria Laplace entre 2015 e 2017 e ainda tenta achar um investidor. Nos últimos anos, vários grupos sucroalcooleiros olharam o ativo, mas não fecharam negócio.

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