Terça-feira, 23 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2020
Governos ao redor do mundo já gastaram 10 trilhões de dólares em medidas fiscais para responder à pandemia do novo coronavírus e suas consequências econômicas, mas ainda são necessários significativos esforços adicionais, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira (11).
O diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, disse que novas estimativas sugerem que até 100 milhões de pessoas podem ser empurradas para a extrema pobreza como resultado da crise decorrente do vírus e que o foco dos gastos adicionais deve ser na minimização das perdas de empregos e na prevenção ao aumento da desigualdade.
Para promover uma recuperação mais inclusiva, investimentos deveriam focar na melhoria do acesso à saúde e à educação, no fortalecimento de proteções ambientais e na ampliação do acesso de pessoas de baixa renda e pequenas empresas a produtos financeiros e tecnologia, escreveu ela em um novo blog no site do Fundo Monetário Internacional.
Guatemala
A direção do Fundo Monetário Internacional aprovou na quarta-feira (10) um empréstimo de emergência para a Guatemala de 594 milhões de dólares para que o país enfrente as “necessidades urgentes de balança de pagamentos resultantes da pandemia” de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Este empréstimo ajudará, ainda, a “catalisar fundos adicionais de outros parceiros para o desenvolvimento”, informou o FMI em um comunicado.
O país, com 17 milhões de habitantes, tem 7.800 casos e 289 mortos na pandemia, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
Esta semana, os médicos que administram um hospital de campanha anunciaram uma greve devido à falta de pagamento e equipamento sanitário para trabalhar com segurança.
O diretor-gerente adjunto e presidente do conselho administrativo do Fundo Monetário Internacional, Mitsuhiro Furusawa, afirmou que “a pandemia de Covid-19 está afetando severamente a Guatemala”.
“A frágil demanda externa, a diminuição de remessas e as medidas de confinamento e distanciamento social para conter o vírus têm interrompido a atividade econômica”, informou Furusawa.
O FMI também elogiou a gestão fiscal do país e disse que os baixos níveis da dívida da Guatemala permitem este apoio temporário, ao mesmo tempo em que preservam a sustentabilidade da dívida.