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Brasil “O futuro é feminino”: pai compartilha história da filha que, aos 7 anos, decidiu raspar cabelo

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(Foto: Reprodução Instagram)
A inocência é de criança, mas a força é de uma mulher! O pai da pequena Pina, de apenas 7 anos, compartilhou nas redes sociais a linda história da menina que decidiu abrir mão dos cabelos compridos, inspirada na decisão de uma mulher que encontrou em um café, também de cabelos raspados.
Na publicação, Facundo Guerra, pai de Pina, relembra que a situação aconteceu há dois anos atrás, quando a filha tinha cinco anos. Hipnotizada pela mulher, que ele descreveu como “negra, alta, linda, cabeça raspada”, Pina não resistiu àquilo que os olhos assistiam e convidou a jovem para sentar com eles, e contar sobre a experiência de ter a cabeça raspada.
Foi quando a convidada falou sobre a coragem para escolher dar adeus aos cabelos compridos, tão ligados à sexualidade feminina, mas sobre a libertação que a escolha propõe. A partir daquele dia, Pina colocou na cabeça que queria fazer o mesmo. É aí que Facundo divide os medos que sentiu em aprovar a ideia da filha, e volta a questionar padrões e medos que a sociedade impõe.

“Eu fiquei temeroso: e se acharem que você está doente (como se isso fosse algum mal)? E se te chamarem de menino? E se te chamarem de feia? E se zoarem com você na escola? Excesso de preocupação de um pai obsoleto”, ele escreveu. Por dois anos, ele conseguiu controlar o desejo da filha, e a fazia raspar apenas a lateral. Até que, nesta semana, ele resolveu permitir que a filha realizasse o sonho!
Na foto, ele contou: “Eu, feministo quente, machistinha resignado, esquerdopata desconstruído, paizão-biscoito, me vi sendo atropelado por essa menina que raspou sua cabeça e se sentiu livre e linda descabelada. Eu, ultrapassado por uma geração de meninxs que serão muito melhores do que eu jamais conseguiria ser, fiquei com sede de futuro”. 

História incrível, né?! Leia a publicação completa:

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Tudo começou quando estávamos no @mirante9dejulho, Pina deveria ter cinco anos. Vimos descer pela escada uma menina negra, alta, linda, cabeça raspada. Minha filha ficou hipnotizada por aquela mulher, a ponto de a convidar para sentar e tomar um café conosco para nos contar como era ter a cabeça raspada. A mulher nos contou que era difícil e libertador ao mesmo tempo: toda a mulher que raspa o cabelo contraria tudo que esperam dela, imediatamente fica repelente para os homens. Contou ainda que era necessária coragem para uma mulher raspar sua cabeça e se livrar do que os outros esperam de uma mulher bonita e do que é a fonte de sua beleza, segundo parâmetros sociais do que é belo. Pina imediatamente quis raspar a sua. Eu fiquei temeroso: e se acharem que você está doente (como se isso fosse algum mal)? E se te chamarem de menino? E se te chamarem de feia? E se zoarem com você na escola? Excesso de preocupação de um pai obsoleto. Convenci a Pina a raspar apenas a lateral da cabeça, e assim foi pelos últimos dois anos. Pina tem uma amiga em sua classe que por conta de um tratamento para recuperar sua plena saúde tem a cabeça raspada, e prometeu à amiga que rasparia sua cabeça tão logo entrasse em férias, para que ela não fosse mais a única de cabeça raspada na escola. E assim foi. Eu, feministo quente, machistinha resignado, esquerdopata desconstruído, paizão-biscoito, me vi sendo atropelado por essa menina que raspou sua cabeça e se sentiu livre e linda descabelada. Eu, ultrapassado por uma geração de meninxs que serão muito melhores do que eu jamais conseguiria ser, fiquei com sede de futuro. O futuro é realmente feminino, não importa o gênero. Só o feminino nos salvará. Me atropela, Pina.

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https://www.osul.com.br/o-futuro-e-feminino-pai-compartilha-historia-da-filha-que-aos-7-anos-decidiu-raspar-cabelo/ “O futuro é feminino”: pai compartilha história da filha que, aos 7 anos, decidiu raspar cabelo 2019-07-04
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