Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2018
Nessa segunda-feira, o futuro ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, confirmou que o publicitário Floriano Barbosa será o titular da Secom (Secretaria de Comunicação) do futuro governo de Jair Bolsonaro. Ele não forneceu, no entanto, maiores detalhes sobre a trajetória profissional do escolhido.
Barbosa para o cargo faz parte do gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente eleito. A confirmação foi feita por meio de uma rápida declaração à imprensa quando o aliado chegava à sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, para a solenidade de diplomação de Jair Bolsonaro – a posse está marcada para o dia 1º de janeiro.
Bebianno – que comandou interinamente o PSL durante o período da campanha eleitoral deste ano – também informou que a Secom não ficará sob o comando de sua pasta (como vem ocorrendo nos últimos governos federais), mas dentro do escopo da Secretaria de Governo, que será comandada pelo general Santos Cruz.
Dentre as atribuições da Secretaria de Comunicação deverá estar a gestão das redes sociais de Bolsonaro, além de atendimento à imprensa sobre assuntos relacionados diretamente ao presidente eleito. De qualquer forma, no início deste mês o futuro ministro-chefe da Casa Civil, deputado federal reeleito Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse que Bolsonaro contará com “uma assessoria especial de comunicação”.
Disputa interna
A Secom tem sido uma das áreas de disputadas no novo governo, chegando a provocar discórdia entre o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente eleito e que coordenou a campanha nas mídias sociais, e o futuro ministro Bebianno.
Por causa das disputas, Carlos deixou Brasília anunciando que estava se afastando da sua atuação neste setor. Apesar das polêmicas, fontes internas indicam que Bolsonaro ainda tentou convencer o filho, de alguma forma, a continuar ajudando no comando das postagens das redes sociais, mesmo que a partir da capital fluminense.
Na semana passada, o presidente eleito chegou a afirmar que o general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto poderia ocupar a Secom. O ex-militar já é da equipe de transição, lida com a área de comunicação e poderia cuidar dos contratos de publicidade do governo, área que gera preocupação entre a equipe.
