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Brasil O futuro ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima Leite, foi escolhido por não ter sido indicado por nenhum setor relacionado à pasta

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Bento Lima Leite (D) foi anunciado como ministro de Minas e Energia por Bolsonaro (E) no fim de novembro. (Foto: Reprodução/Twitter)

O futuro ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima Leite, foi escolhido por não ter sido indicado por nenhum setor relacionado à pasta, segundo o general Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente eleito.

“Havia uma disputa entre dois lobbies, o do óleo e gás e o da energia elétrica. O [Jair] Bolsonaro [presidente eleito] optou por um terceiro nome”, disse. Um dos dilemas do ministério é a conclusão da usina nuclear de Angra 3 — parada depois de consumir R$ 6,9 bilhões e que demandará mais R$ 17 bilhões. Para o próximo ministro, é prioridade.

Mourão afirma o mesmo: “Não podemos desperdiçar o investimento feito e nem ficarmos defasados em energia nuclear, que é limpa”. Durante a campanha e após a eleição, o general manteve agenda com representantes de diversos segmentos da iniciativa privada.

“Eu não tenho uma função específica. Nosso homem da economia é o Paulo Guedes, com quem vou trocar ideias sobre os principais problemas relativos à economia.”

O papel dos militares na área será limitado — ele cita que apenas o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, lidará com questões econômicas. Cruz será o responsável pelo PPI (Programa de Parcerias e Investimentos). “O ministério de Infraestrutura ficou na mão do Tarcísio Meira, mas ele pediu demissão do Exército, e eu o considero mais civil que militar.”

Energia nuclear

O almirante Bento Costa Lima de Albuquerque Júnior, escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para o Ministério de Minas e Energia, defendeu o uso da tecnologia nuclear no desenvolvimento científico e como parte da matriz energética do País.

A declaração foi dada após o lançamento em Itaguaí (RJ) na última sexta-feira (14) do submarino Riachuelo, a primeira embarcação produzida pelo programa Prosub, que visa construir quatro submarinos convencionais, movidos a diesel, e um submarino de propulsão nuclear.

O almirante hoje é o chefe do programa de submarinos, Prosub, e do Programa Nuclear da Marinha. Para defender a tecnologia nuclear, ele citou Álvaro Alberto da Mota e Silva, que foi um oficial da Marinha nomeado na década de 1940 para representar o Brasil na Comissão de Energia Atômica do Conselho de Segurança da então recém-criada Organização das Nações Unidas.

Bento disse que Álvaro Alberto (cujo nome será usado para batizar o submarino nuclear brasileiro previsto para ser lançado em 2029) foi o primeiro a perceber que “um país como o nosso não poderia abrir mão da tecnologia nuclear”, disse ele.

“Até porque nós temos uma das maiores reservas de urânio do mundo, detemos a tecnologia nuclear e podemos utilizá-la em diversos segmentos em benefício da nossa sociedade”, disse.

O urânio é usado como matéria-prima para a produção de combustível nuclear — que possibilita a produção de energia elétrica nas usinas nucleares. Apesar de se mostrar um defensor da exploração da tecnologia nuclear, o almirante não quis entrar em detalhes sobre seus planos para o setor nuclear quando assumir o Ministério de Minas e Energia.

Atualmente o Brasil possui duas usinas nucleares em funcionamento, Angra 1 e 2. A usina de Angra 3 teve sua construção iniciada nos anos de 1980, mas atualmente suas obras estão paradas.

O interesse de concluir Angra 3 já foi sinalizado por militares da equipe de Bolsonaro. A obra pode custar cerca de R$ 17 bilhões. Mas nem o presidente eleito nem Bento falaram sobre o tema até agora.

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