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Por Redação O Sul | 16 de maio de 2019
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, embarcou, na tarde desta quinta-feira (16), para uma viagem internacional na qual passará por Líbano, China e Itália. Como Jair Bolsonaro viajou para Dallas, nos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu a Presidência da República até o retorno do chefe do Executivo, previsto para esta sexta-feira (17).
Essa é a primeira vez que Maia assumiu o Planalto desde a posse de Bolsonaro, em janeiro deste ano. A transmissão de cargo de Mourão para Maia aconteceu na Base Aérea de Brasília. Mourão estava desde quarta (15) no exercício da Presidência da República, em razão da viagem de Bolsonaro a Dallas.
Os principais compromissos de Mourão serão em Pequim e Xangai, a partir de domingo (19). No dia 23, o vice-presidente representará o governo na Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação). No dia 24, Mourão tem previsão de se reunir com o presidente chinês Xi Jinping. Ele informou que levará uma “mensagem política” do presidente Jair Bolsonaro no sentido de reforçar a “parceria estratégica” com a China, principal parceiro comercial do Brasil.
Mourão tem previsão de chegar nesta sexta-feira (17) a Beirute para uma escala antes da chegada à China. Ele será recebido pelo presidente do Líbano, Michel Aoun, e fará uma visita à Fragata União, da Marinha do Brasil.
A embarcação participa da Força Interina das Nações Unidas no Líbano em ações para evitar a entrada de armas não autorizadas no país e para auxiliar no treinamento da Marinha libanesa. A viagem de Mourão marca a retomada das reuniões da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, principal mecanismo de cooperação bilateral entre os dois países. A assinatura de uma ata com as definições do encontro está programada para o dia 23.
Criada em 2004, a Cosban é chefiada pelos vice-presidentes de Brasil e China e não realiza reuniões de sua sessão plenária desde 2015, quando Michel Temer ainda era vice-presidente no governo de Dilma Rousseff.
Mourão declarou, em entrevistas durante esta semana, que o governo brasileiro tem a expectativa de receber uma proposta dos chineses para o País integrar um acordo chamado de “nova rota da seda”. A participação ou não do Brasil no acordo, segundo Mourão, será definida por Bolsonaro, que tem previsão de visitar a China em agosto.