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Mundo O governo argentino cria uma senha para as vítimas de violência doméstica pedirem ajuda nas farmácias do país durante a quarentena

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Violência doméstica tende a aumentar em função do isolamento social recomendado para conter a propagação do coronavírus. (Foto: Reprodução)

O alerta sobre o provável aumento da violência doméstica durante o período de isolamento social recomendado para conter a pandemia do coronavírus já foi feito por inúmeros especialistas e organizações ao redor do mundo. Na Argentina, o Ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade criou uma campanha com objetivo de ajudar as vítimas e dar visibilidade para o problema.

“Estamos implementando medidas para estar perto e seguir fortalecendo nosso trabalho contra as violências por motivos de gênero durante o confinamento obrigatório”, escreveu a ministra Elizabeth Gómez Alcorta em sua conta no Twitter.

A campanha foi criada em parceria com a Confederação Farmacêutica da Argentina. Todas as farmácias do país aderiram ao protocolo segundo o qual qualquer mulher que se aproximar de um vendedor ou ligar para o estabelecimento e solicitar uma “máscara vermelha” (“barbijo rojo”, em espanhol) receberá ajuda e será encaminhada para a Linha 144, que atende os chamados de violência doméstica do país.

Esse tipo de iniciativa foi defendida pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que sugeriu a implementação de “sistemas de alerta de emergência em farmácias e supermercados”, os únicos estabelecimentos comerciais que permanecem abertos em muitos países, para ajudar mulheres em situação de violência durante a quarentena imposta pela pandemia.

A Linha 144 é o principal canal telefônico de atenção às vítimas de violência de gênero no país e funciona 24 horas. A ligação é anônima, gratuita e nacional. O canal oferece informações e aconselhamento sobre os tópicos relacionados à violência física, psicológica, sexual, econômica e patrimonial e simbólica.

Já o Ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade foi criado pelo presidente Alberto Fernández, que assumiu o governo em dezembro de 2019, com o objetivo de combater todas as formas de violência e desigualdades de gênero.

Segundo o jornal La Nación, desde o início do isolamento obrigatório até o fim de março, a capital Buenos Aires já havia registrado 292 denúncias de violências de gênero. Pelas agressões a crianças e mulheres, 48 homens foram presos.

Ainda de acordo com o periódico argentino, na segunda quinzena de março, durante a quarentena, foi registrado um aumento de 39% nas denúncias de violência de gênero feitas pela Linha 144. No entanto, o Ministério das Mulheres afirma que não houve aumento no registro de feminicídios no primeiro trimestre do ano no país.

Nesta semana, o governo incluiu uma nova exceção ao cumprimento do isolamento social preventivo e obrigatório determinado para conter o coronavírus no país. Mulheres e pessoas LGBT vítimas de violência poderão sair de suas casas para registrar denúncia ou solicitar ajuda e proteção. A Argentina tem 1.795 infectados e 71 mortos pela Covid-19.

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