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Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2016
O governo brasileiro foi sondado pelo Departamento de Estado norte-americano para acolher ex-prisioneiros iemenitas e sírios da prisão de Guantánamo, em Cuba, mas declinou da oferta diante da exigência de que o grupo fosse monitorado no Brasil e as informações compartilhadas com a inteligência dos Estados Unidos.
Os norte-americanos queriam garantias de que os ex-detentos estariam sob vigilância e não poderiam deixar o País. O governo brasileiro considerou que os pedidos poderiam violar os direitos dos ex-prisioneiros, já que refugiados têm a permissão, por exemplo, para sair do Brasil.
O Itamaraty confirmou que o País foi consultado e que a última sondagem ocorreu em 2014. “Os contados não evoluíram. O Brasil entendeu que eventual decisão nesse sentido geraria compromissos e obrigações que deverão ser examinadas à luz da legislação brasileira”, informou a chancelaria em nota.
No início de 2014, o então enviado especial do Departamento de Estado para o fechamento de Guantánamo, Clifford Sloan, consultou, na época, o embaixador do Brasil em Washington, e hoje chanceler, Mauro Vieira. Sloan tinha a intenção de vir ao País discutir a questão, mas desistiu. Talvez porque as duas nações estivessem de relações estremecidas pelo escândalo de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional norte-americana) de políticos brasileiros, em 2013. (Folhapress)