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Por Redação O Sul | 3 de junho de 2018
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, apresentou nesse domingo um pedido oficial de desculpas pelos crimes cometidos contra os homossexuais durante o regime nazista (1933-1945). Ele também lamentou a perseguição judicial a esse segmento da população, a exemplo do que ocorreu com judeus, ciganos, portadores de deficiência físicas e mentais, dentre outras minorias.
“Chegamos muito tarde”, reconheceu Steinmeier, em frente ao monumento às vítimas gays do Terceiro Reich, Ele se referiu a uma lei aprovada no ano passado e que anulou as penas impostas após a Segunda Guerra Mundial (1937-1945), com base no artigo 175 do Código Penal, mais rígido durante o nazismo e não revogado completamente até 1994.
O monumento em homenagem aos homossexuais foi construído há dez anos no centro do parque de Tiergarten, na capital alemã, Berlim. Números oficiais indicam que 7 mil homens e mulheres homossexuais foram mortos em campos de concentração durante o governo do ditador Adolph Hitler. Além disso, mais de 54 mil foram processados por sua orientação sexual no período.
“Como presidente federal, para mim é importante dizer: o nosso país os fez esperar tempo demais. Peço perdão por isso. Pela dor e pela injustiça, e pelo longo silêncio que veio em seguida”, disse.
No ano passado, a primeira-ministra alemã Angela Merkel aprovou uma indenização de 3 mil euros para cada uma das cerca de 5 mil pessoas condenadas injustamente e que ainda estão vivas. Eles também receberam 1,5 mil euros por cada ano de prisão.