Segunda-feira, 23 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2020
Subiu para 361 o número de mortes causadas pelo coronavírus na China. Neste domingo (2), foram confirmadas 56 novas vítimas na província de Hubei, epicentro da epidemia, e uma na cidade de Chongqing. Agora, são 350 mortes em Hubei e 11 em outros locais da China. O número de pacientes infectados passa de 16,5 mil no país.
Além da China, mais de 20 países registram casos da doença respiratória provocada pelo novo vírus, e neste domingo (2) o governo das Filipinas informou a primeira morte fora do território chinês.
Os casos do novo vírus, que ganhou o nome 2019-nCoV, estão se espalhando mais rápido, mas matam menos do que os da SARS, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e do H1N1, que levou a uma pandemia em 2009 e continua fazendo vítimas.
A Sars levou à morte 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia (2002 a 2003). A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Quanto ao vírus do H1N1, o número de pessoas que morrem é maior. Em 2019, somente no Brasil, 796 pessoas morreram com H1N1 e 3.430 foram infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes. No dia 30, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos do coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
O governo alemão retirou 102 cidadãos que estavam na cidade chinesa de Wuhan. Eles foram levados para Frankfurt. Nenhum tinha sintomas de contaminação pelo novo coronavírus mas todos vão ficar de quarentena por duas semanas.
O governo de Bangladesh retirou 312 cidadãos; oito tinham sintomas e estão sendo atendidos num hospital, em Dhâka. Os outros estão isolados num abrigo perto do aeroporto. Mais de 300 indianos chegaram a Nova Délhi e estão sendo monitorados e um jato saiu da China com 250 pessoas rumo à Indonésia.
O Japão se juntou aos Estados Unidos e à Austrália na decisão de barrar estrangeiros que tenham visitado a China recentemente. O governo japonês não vai permitir a entrada dos que tenham passado pela província de Hubei, onde o surto começou, nos últimos 14 dias.
Dezenas de países já impuseram algum tipo de restrição de viagens, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não ter recomendado esse tipo de medida. O Reino Unido confirmou o segundo caso. É um estudante da Universidade de York. As aulas estão sendo mantidas normalmente. A universidade disse que o risco de contaminação de outras pessoas, no campus, é muito baixo.
A China anunciou que vai suspender a taxa de importação de todos os itens necessários para o atendimento dos doentes. A TV estatal chinesa divulgou imagens de pacientes curados, sem identificá-los. Segundo o governo, quase 250 pessoas que já receberam alta, em hospitais, no país. Em Wuhan, 20 acabam de ser liberados. Todos ainda vão ficar em quarentena, em casa, por duas semanas. Um paciente disse que saiu confiante: “Vencemos o momento difícil e eu sobrevivi”.