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Mundo O governo de Cuba impediu a entrada e deportou ex-presidentes da Colômbia e da Bolívia que participariam de um ato da oposição em Havana

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Ex-presidentes Jorge Quiroga (E) e Andrés Pastrana (D) publicaram fotos comentando o incidente. (Foto: Reprodução/Twitter)

O governo de Cuba impediu a entrada e mandou de volta a Bogotá (Colômbia), nesta quarta-feira (7), os ex-presidentes Jorge Quiroga, da Bolívia, e Andrés Pastrana, da Colômbia, que viajaram a Havana para receber o prêmio que leva o nome do falecido dissidente cubano Oswaldo Payá (1952-2012). As informações são das agências de notícias Efe e AFP.

Depois de passar duas horas no terminal, Quiroga e Pastrana foram enviados para a Colômbia. “Perguntei por que não nos deixaram entrar e disseram que não fomos autorizados pelo governo cubano”, disse Pastrana à rádio colombiana W.

“É uma arbitrariedade e uma grande falta de respeito”, afirmou Rosa María Payá, filha do dissidente e diretora da Rede Latino-Americana de Jovens pela Democracia que entrega o prêmio, que confirmou à agência Efe que Cuba enviou de volta os ex-presidentes no voo seguinte da companhia aérea Avianca.

Payá acrescentou que ainda esperam a chegada de “outros legisladores e ex-presidentes”, que devem participar nesta quinta-feira (8) na capital cubana da entrega do prêmio, que reconhece este ano a IDEA (Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas), um grupo formado por 37 ex-presidentes e ex-chefes de governo.

Foram os próprios Quiroga e Pastrana que denunciaram nas suas contas do Twitter que estavam retidos em escritórios de Imigração do Aeroporto Internacional José Martí, de Havana.

“Raúl Castro pediu neste 5 de março que não se exclua [Nicolás] Maduro da Cúpula das Américas. Hoje, 7 de março, seu regime nos retém no aeroporto e nos deporta com Andrés Pastrana, evitando que participemos, em nome da IDEA, de um evento com Rosa María Payá. Exigimos garantias para ela”, denunciou o ex-presidente boliviano.

Junto com uma fotografia na qual é possível ver ambos a bordo do avião que os levaria de volta a Bogotá, Quiroga publicou depois: “Retidos duas horas em um pequeno escritório migratório com duas câmeras filmando tudo. Honrados de ser deportados pela ditadura cubana. (…) Em breve se admitirá, para sempre, a LIBERDADE em Cuba”.

Pastrana, por sua vez, escreveu no Twitter: “A ditadura de Cuba nos deportou hoje da Ilha por defender os princípios democráticos da região. Nossa luta continua”.

Rosa María Payá destacou em entrevista à imprensa no aeroporto que o governo cubano proibiu a entrada de “dois ex-presidentes legitimamente eleitos” a três dias de que aconteçam na ilha o que “segundo eles são as eleições mais democráticas das Américas”, no próximo domingo.

“É mais uma demonstração do quão despóticos são este regime e este governo”, ressaltou Payá, que, como promotora da plataforma cidadã Cuba Decide, reivindica um plebiscito vinculativo na ilha para escolher o sistema de governo.

A expulsão de Quiroga e de Pastrana ocorre a pouco menos de um mês da provável saída de Raúl Castro do poder, o que deve encerrar quase 60 anos de controle formal da família Castro na ilha. O irmão de Fidel deve ser substituído por outro integrante da burocracia cubana em abril.

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