Sábado, 04 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2020
O governo de São Paulo obteve uma vitória no Supremo Tribunal Federal (STF) para restabelecer a proibição à venda de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes e lojas de conveniência após as 20h. O decreto assinado pelo governador João Doria (PSDB), visando frear a pandemia, havia sido suspensa pelo Tribunal de Justiça (TJ).
O presidente do Supremo, Luiz Fux, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral do Estado para suspender a liminar em favor da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), que conseguiu na Justiça uma decisão provisória liberando a venda de bebida alcoólica após as 20h. A associação argumentou que não existiria um estudo relacionando o consumo de álcool ao contágio da covid-19.
O desembargador Renato Sartorelli, do TJ, vetou parte do decreto, mas determinou que os estabelecimentos continuassem cumprindo as medidas de prevenção, como o fornecimento de equipamentos de segurança e a disponibilização de álcool em gel.
O decreto de Doria foi anunciado na última sexta-feira (11) junto de um novo endurecimento das regras da quarentena no estado, após mais de uma semana de aumento de internações pelo novo coronavírus.
Além da proibição da venda de bebidas, as regras restringiram o funcionamento de bares até as 20h e de restaurantes até as 22h. Por outro lado, o governo estadual aumentou o horário de funcionamento de 10 para 12 horas do comércio para evitar aglomerações. Ao invés de 60% da capacidade, poderão funcionar com 40%.
Reinfecção
O governo de São Paulo confirmou, na noite de quarta-feira (16), o primeiro caso de reinfecção por coronavírus no Estado. Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Saúde, a paciente é uma mulher, de 41 anos, residente em Fernandópolis, região de São José do Rio Preto.
De acordo com a secretaria, a paciente teve dois diagnósticos positivos em um intervalo de 145 dias. Na primeira vez, ela desenvolveu a doença em junho, com resultado positivo após exame laboratorial. Ela se curou e, em novembro, apresentou outro diagnóstico positivo. “O caso apresentou todos os critérios estabelecidos em nota técnica do Ministério da Saúde para casos de confirmação da reinfecção”, informou a secretaria, em nota.
O caso de reinfecção foi constatado após dois exame de sequenciamento genético realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório referência nacional, vinculado ao governo paulista. Os exames detectaram que se tratam de duas linhagens distintas do coronavírus, o que justifica a reinfecção. A primeira linhagem foi constatada exclusivamente no Brasil. Já a segunda foi identificada também nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Chile.
O primeiro caso de reinfecção no país foi confirmado na semana passada, em uma profissional de saúde de 37 anos. Ela é moradora de Natal, no Rio Grande do Norte, e foi diagnosticada com covid-19 duas vezes em um intervalo de 116 dias, entre junho e outubro.