Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2020
O governo do Rio Grande do Sul realizou nesta sexta-feira (24) o pagamento de R$ 43 milhões às prefeituras gaúchas para a manutenção de programas municipais como Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Pim (Primeira Infância Melhor) e Naab (Núcleo de Apoio à Atenção Básica), dentre outros.
Na véspera, ele havia quitado a décima-primeira parcela da dívida do Estado com os municípios, no valor de R$ 13,5 milhões e que se refere a repasses atrasados entre os anos de 2014 e 2018 no âmbito da ESF (Estratégia da Saúde da Família), Caps (Centros de Atenção Psicossocial), Pies (Política Estadual de Incentivo para Qualificação da Atenção Básica) e Vigilância do Trabalhador.
Com esses novos repasses, o Palácio Piratini garante que não há pendências referentes a agosto de 2018. “Todo o valor pago aos municípios entre quinta e sexta, no total de R$ 56,5 milhões, é proveniente do Tesouro do Estado”, informou o site oficial www.estado.rs.gov.br.
Em maio do ano passado, o Executivo gaúcho anunciou o pagamento da dívida empenhada com os municípios no quadriênio mancionado. O valor totalizava R$ 216 milhões, que estão sendo pagos em 16 parcelas.
“Lives”
Nesta sexta-feira (24), o governador Eduardo Leite participou de dois debates por videoconferência. O primeiro foi o debate virtual “Lide Live”, promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) e que contou com a participação de executivos da entidade e do Grupo Doria. O objetivo é promover uma discussão sobre o cenário atual nos Estados e sobre as medidas em defesa da vida e da economia.
“Estamos diante de um vírus para o qual não temos imunidade”, frisou Leite. “Não se trata de uma escolha entre a saúda e a vida, o ‘libera geral’ ou o ‘tranca tudo’. Estamos tomando decisões com base em evidências científicas e análise de dados, que nos auxiliam a chegar a um modelo sustentável por esse período em que o coronavírus estiver entre nós.”
Leite aproveitou a ocasião para explicar aos empresários associados ao Lide como funcionará o modelo de distanciamento social controlado, que deve ser implantado a partir de maio.
Mais tarde, ele conversou com governadores de quatro Estados: Romeu Zema (MG), Helder Barbalho (PA), Ronaldo Caiado (GO) e Rodrigo Garcia, vice de João Doria (SP). Além da pauta do distanciamento controlado, Leite voltou a defender a importância de que o governo federal preste socorro aos Executivos regionais e municipais.
“Em um primeiro momento, por não sabermos como a evolução do coronavírus se daria no Estado, tivemos de restringir a circulação de pessoas, para evitar a sobrecarga dos hospitais”, contextualizou. “Agora, já temos informações para montarmos um modelo mais sustentável, porque sabemos que a restrição do comércio e de atividades traz consequências econômicas à população”, prosseguiu, explicando que a estratégia a ser adotada a partir de maio tem por base evidências científicas e resultados de pesquisas.
(Marcello Campos)