Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2019
 
				O presidente em exercício Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (30) que existe uma “boa chance” de o governo federal anunciar ainda nesta semana o navio responsável pelo derramamento de óleo que atingiu o Nordeste. De acordo com Mourão, o objetivo é que o presidente Jair Bolsonaro, que retorna na quinta-feira de uma viagem internacional, faça o anúncio. As informações são do jornal O Globo e da Agência Brasil.
Mourão se reuniu na tarde desta quarta com o comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa, que passou uma atualização das investigações.
“Conversamos sobre a situação do óleo, e a nossa investigação está chegando lá. Está chegando perto. Estamos aguardando o presidente chegar”, disse Mourão, ao deixar o Palácio do Planalto, acrescentando depois: “Será uma notícia boa. A gente sempre aprende nos quarteis o seguinte: notícia boa é o comandante que dá, notícias ruins é o subcomandante. É assim que funciona.”
Questionado sobre a chance de se fazer o anúncio ainda nesta semana, respondeu que há “uma boa chance”. O presidente em exercício ainda explicou que acredita que o derramamento ocorreu durante o que chamou de “injeção de porão”:
“Acho que o cara fez uma injeção de porão, pela quantidade de óleo que foi lançada. Acho. Ele tira um pouco do óleo. Por exemplo, está com um problema de flutuação, de balanço e tira um pouco do óleo para aumentar a estabilidade.”
Segundo o presidente em exercício, as apurações indicam que o transponder do navio não estaria desligado durante o vazamento. Questionado se o governo vai exigir algum tipo de reparação, Mourão disse que sim.
“Tem que cobrar, tem que multar. Existe uma legislação do mar em relação ao meio ambiente”, disse. “Esse navio obviamente deve pertencer a uma empresa e aí tem que ver aquela questão de seguro. Tem o seguro marítimo é um troço caríssimo e tem que cobrir essas coisas todas”.
Mais cauteloso
Mais cedo, após deixar a reunião, o comandante da Marinha foi mais cauteloso. Ilques Barbosa disse que a investigação está focada em dez navios, mas ressaltou que nenhuma hipótese pode ser eliminada.
“A partir do momento em que vamos abrir um inquérito, no âmbito da Polícia Federal, um inquérito no âmbito da Marinha, que se interagem constantemente com instituições estrangeiras, não se pode dizer ‘essa linha do dark ship foi abandonada, não foi’. Estamos com um amplo espectro. Uma tem mais probabilidade, (que) é a de ser um navio mercante que passou pela nossa costa.”