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Brasil O governo federal avalia estender a linha de crédito com garantia do Tesouro a grandes empresas

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Em videoconferência com empresários, ministro da Economia pediu para os brasileiros evitem o calote. (Foto: Divulgação)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo avalia oferecer crédito com garantia do Tesouro Nacional a grandes empresas. O governo anunciou no fim de março financiamento de R$ 40 bilhões a pequenas e médias empresas (dos quais R$ 34 bilhões subsidiados com recursos públicos) para viabilizar o pagamento de salários.

A Medida Provisória (MP) 943, que oficializa o crédito, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de sexta-feira. Segundo o governo, apenas empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões podem fazer uso desse financiamento.

Guedes participou de videoconferência com empresários do varejo. Ele disse que a ideia do governo é expandir as iniciativas de crédito a empresas com faturamento maior, de até R$ 300 milhões. Mas não deu detalhes de como isso seria feito:

“Vamos dobrar e continuar expandindo isso, o dinheiro é na veia. Quando dobrarmos (o crédito), vamos ter que incluir empresas maiores (de faturamento), de R$ 100 milhões, R$ 200 milhões, R$ 300 milhões de faturamento, que é o que faremos agora.”

Depois, Guedes citou explicitamente créditos com garantia do Tesouro:

“O BNDES deu dinheiro para Porto Mariel, em Cuba, com garantia do Tesouro. O Tesouro garantiu, e Cuba não pagou. Demos dinheiro para a Venezuela, também não pagou. O uso de garantias é comum, o Tesouro garantiu muita coisa, a União garantiu muita coisa, mas garantiu muita coisa errada. Esse caso agora é uma garantia imprescindível e necessária. Vamos ter que usar os Fundos Garantidores.”

Capital de giro

O ministro disse ainda que “aprendeu” que não adianta apenas liberar compulsório para os bancos para que as instituições financeiras ampliem a oferta de crédito.

“Nós aprendemos que liberar compulsório não basta. Empossa mesmo”, disse Guedes aos empresários.

Há cerca de dez dias, o Banco Central reduziu a alíquota dos pagamentos compulsórios. A estimativa era liberar R$ 68 bilhões em crédito na economia. mas o bancos estavam cobrando juros mais altos dos interessados em tomar financiamento, e o dinheiro acabou ficando parado nos bancos, ou “empossado”.

Por isso, Guedes disse que pretende, a partir de agora, vincular a liberação de mais recursos para os bancos, por meio da redução de depósitos compulsórios pelo Banco Central, ao repasse direto de créditos para geração de empregos e capital de giro para as empresas.

Na reunião, Guedes pediu que os brasileiros evitem o calote e paguem as suas contas para não desorganizar a economia.

“Se estamos pedindo refeição, usando os serviços de telefonia, vamos manter os pagamentos em dia para exatamente não destruirmos, descapitalizarmos os serviços que estamos usando.”

‘Ativismo regulatório’

Ele voltou a criticar os impostos sobre a folha de pagamento, defendendo que sua redução deles será fundamental para uma retomada da economia depois que a crise na área da saúde for superada.

“Criar emprego tem que ser fácil, barato e estimulante, ou nós vamos continuar nesse atoleiro”, afirmou Guedes.

O ministro disse também que está em contato com o comércio para que seja evitado também um “ativismo regulatório”. Citou como exemplo medida que foi debatida pelo Senado para suspender o pagamento de aluguéis, proposta descartada posteriormente.

Na videoconferência, Guedes afirmou que o governo planeja uma saída da crise, mas frisou ao menos três vezes que o país está neste momento em “isolamento social sob a coordenação do ministro (da Saúde, Luiz Henrique) Mandetta”, que tem sido criticado pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Estamos planejando uma saída. Para superar essa primeira onda, estamos sob a coordenação do ministro Mandetta, em isolamento social. E o presidente já avisou que terá a segunda onda econômica e vamos ter que furar também.”

Passaporte da imunidade

Ele também disse que um “passaporte da imunidade” para pessoas curadas após desenvolverem a Covid-19 pode ser uma possibilidade para que o Brasil possa conseguir, futuramente, tirar profissionais do isolamento em meio à crise.

Presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Marcelo Silva afirmou na conferência que algumas empresas já começaram a demitir trabalhadores na crise e cobrou agilidade do governo federal, principalmente utilizando bancos públicos para acelerar a concessão de crédito.

“Já começaram as demissões de pequenas, médias e algumas grandes empresas que não tem caixa para fazer seus pagamentos”, afirmou Marcelo Silva.

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