Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2019
 
				As empresas interessadas na aquisição da distribuidora de gás liquefeito (GLP) Liquigás solicitaram à Petrobras o adiamento do prazo final de propostas, conforme antecipado pelo jornal Valor Econômico. As ofertas vinculantes teriam que ser entregues na terça-feira mas, acatando a solicitação dos interessados, a estatal adiou para o dia 16 deste mês. As informações são do jornal Valor Econômico e da agência de notícias Reuters.
Conforme uma fonte, há uma composição de consórcios e quem está entrando agora precisa de mais tempo para fazer “due diligence” (auditoria) na companhia. Os consórcios são formados por investidores financeiros e operadores desse mercado. Alguns deles já tinham se aliado na fase não vinculante, mas outros foram chamados pela Petrobras para a segunda fase de negociações ainda sem composição completa para o lance.
Os investidores se juntam para arcar com o custo da aquisição, estimado entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,5 bilhões, e também para atender as exigências do processo competitivo. Para os operadores do mercado de GLP que já tem 10% do mercado, a participação só pode ser de 30% no consórcio. Investidores puramente financeiros precisam ter mais de US$ 1 bilhão (quase R$ 4 bilhões) sob gestão. O Santander é o banco que assessora a Petrobras na negociação.
A Liquigás atua no envasamento, distribuição e comercialização de GLP no Brasil por meio dos segmentos de negócios engarrafados e a granel, totalizando 22% de participação de mercado. No ano passado, a receita líquida foi de R$ 4,78 bilhões, com lucro líquido de R$ 148 milhões.
A Liquigás tem 23 centros operacionais e 16 armazéns. Conta ainda uma rede de mais de 4.800 distribuidores próprios, que atendem cerca de 35 milhões de consumidores residenciais por mês.
Petrobras Biocombustíveis
A Petrobras informou nesta quinta-feira que sua subsidiária Petrobras Biocombustíveis (PBIO) assinou contrato para a venda da sua participação de 50% na empresa Belem Bioenergia Brasil (BBB) para a Galp Bioenergy B.V., que detém os outros 50% na empresa.
A BBB foi constituída em 2011 pela Petrobras e pela Galp, para a produção de óleo vegetal e biocombustível.
O valor da operação é de 24,7 milhões de reais, segundo a Petrobras, que disse ainda que os recursos serão retidos pela Galp até dezembro de 2020 para potenciais pagamentos de indenizações.
Quando foi anunciado, o projeto com a Galp previa produção de 600 mil toneladas por ano de óleo vegetal, destinado à produção de 500 mil toneladas por ano de biodiesel de segunda geração.
A transação está dentro do plano de desinvestimentos da Petrobras, que agora visa focar em ativos essenciais, como a exploração e produção de petróleo no pré-sal.